Argentina

 

Com Pablo Quiroga, da FATAGA

Inbev deve respeitar o convênio assinado

 

O secretário Político e Sindical da Federação Argentina de Trabalhadores de Águas Gasosas e Afins (FATAGA) dialogou com Sirel para fornecer detalhes sobre os aspectos do conflito que envolve essa organização

 

 

-Como este conflito com a InBev envolve a FATAGA ?

-Este conflito começou na quinta-feira passada, dia 5, quando nossa Federação, junto com o Sindicato de Caminhoneiros, resolveu parar as fábricas engarrafadoras Quilmes-Pepsi-Cola, já que os serviços de junho não foram pagos na sua totalidade, nem o décimo terceiro nem as gratificações devidas aos trabalhadores das distribuidoras desta empresa, que é propriedade da transnacional InBev. Esta argumenta que o conflito devia ser com os distribuidores, pois foram eles que não pagaram. Nós, entretanto, afirmamos que a InBev também é responsável, já que acompanha detalhadamente tudo o que os distribuidores fazem. A InBev integra a Câmara empresarial que assinou o convênio com a FATAGA e, portanto, esse é o acordo que deve valer também para os seus distribuidores. Sendo assim, no nosso ponto de vista, a InBev é totalmente responsável por este conflito. E ela não pode assinar uma coisa como integrante da Câmara e pretender não aplicá-la como empresa. Eles fecham as portas da negociação com os distribuidores para que nós os enfrentemos diretamente, nos criando um desgaste, mas não vamos cair nessa armadilha.

 

-Como ocorreu a mobilização desta manhã diante da embaixada do Brasil?

-Foi uma mobilização coordenada com os companheiros do Sindicato dos Caminhoneiros e fomos vítimas da repressão policial. Alguns companheiros foram detidos, mas os advogados já conseguiram liberá-los.

 

-Qual é a amplitude da mobilização?

-Neste momento, em todo o país, a produção de Pepsi-Cola e das cervejas da InBev está completamente parada, bem como os centros de distribuição e os próprios distribuidores. Ou seja, já há um claro desabastecimento; não se mexe em uma só garrafa na Argentina.

 

-Até quando essa situação pode durar?

-Durará até que a empresa se disponha a dialogar e a reconhecer os seus compromissos, abandonando de vez a reestruturação que pretende impor. Por outro lado, manteremos a coordenação com o Sindicato de Motoristas de Caminhões como estamos fazendo até agora, reeditando a luta solidária ocorrida em abril passado

Carlos Amorín

© Rel-UITA

11 de julho de 2007

 

 

 

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