O movimento sindical dos
trabalhadores e trabalhadoras rurais (MSTTR) definiu com o grupo de
trabalho formado pelo governo e pela União da Cana-de-açúcar de São Paulo (Unica)
o prazo para que a proposta que cria regras de expansão do setor seja
finalizada. O documento que traz melhorias das condições trabalhistas deve
ser concluído até novembro, quando nos dias 17 a 20 daquele mês ocorrerá em
São Paulo a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, promovida pelo
governo brasileiro.
Durante a reunião ficou
decidida também a participação do Fórum Nacional Sucroalcooleiro no grupo de
trabalho. A entidade representa as demais regiões produtoras de cana do
País, já que a Unica representa os produtores de São Paulo. Além da
discussão sobre as questões trabalhistas, o presidente da CONTAG,
Manoel dos Santos, acredita que outros assuntos devem ser incorporados
ao debate. "Queremos discutir não só as relações de trabalho, mas o processo
de desenvolvimento, a liberação de recursos públicos para investimento no
setor, o processo no zoneamento para que a monocultura não expulse a
agricultura familiar, entre outros."
Segundo o secretário
executivo da Presidência da República, Antônio Lambertucci, o
governo vai se empenhar para fechar uma proposta que contemple as
necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras do setor. "O governo entra
também com a perspectiva de orientar políticas públicas que possam
requalificar os trabalhadores eventualmente ameaçados de perder o emprego
com a mecanização do setor. Por isso, podemos ajudar na elevação da
escolaridade, buscar qualificações e trazer condições de trabalho ainda
superiores ao que eles tenham neste segmento", afirma.
Outra reunião desse grupo de trabalho foi marcada para o dia
18 de julho.