Usina não estaria cumprindo itens do acordo coletivo e ainda
praticando política de assédio moral contra os trabalhadores
Cerca de 400 trabalhadores rurais do
setor de corte de cana da Destilaria Decasa S/A, situada na
divisa entre os municípios de Marabá Paulista e Presidente
Venceslau, encontram-se com as atividades paralisadas em
retaliação ao desrespeito da empresa perante questões
trabalhistas. O protesto teve inicio na manhã desta terça-feira,
04/11.
Os rurais reivindicam melhorias no
preço da tonelada de cana conforme o grau de dificuldade de
corte, além de transparência da empresa quanto à divulgação
do preço diário no início da jornada de trabalho, conforme
determinado em acordo coletivo e que não vem sendo cumprido.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Presidente Venceslau e Marabá Paulista, Rubens
Germano, encontra-se com os manifestantes e os auxilia
nas negociações.
Segundo o sindicato da categoria,
muitos trabalhadores apresentam seus equipamentos de
proteção individual – EPI – em precárias condições de uso.
Óculos, roupas, caneleiras, além do podão (facão especial
utilizado para o corte da cana) e a lima, para mantê-lo
afiado, estariam tendo suas substituições negados pela
destilaria.
Outro problema apontado pelos
trabalhadores se dá ao não reconhecimento de atestados
médicos apresentados como recurso de justificativa de falta
no trabalho. Mesmo com o documento, os trabalhadores têm
seus dias descontados em folha de pagamento, causando
déficit salarial. O assédio moral por parte de superiores
hierárquicos nos canaviais também está sendo uma constante.
Excessos de advertências sem motivação aparente e suspensões
classificadas como indevidas causam um clima de medo e
apreensão entre os trabalhadores.
Ainda pela manhã representantes da
Decasa estiveram com trabalhadores objetivando por fim na
paralisação. Porém as propostas apresentadas não foram
acatadas pelos manifestantes, que pedem solução imediata
para as questões levantadas.
Sem
previsão de término, a paralisação poderá transcorrer pelos
próximos dias.
I-Sindical
5 de
novembro de 2008
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