Representantes dos empresários e empregados
rurais do setor citrícula se unem em
manifestação contra os altos custos da
produção e a baixa remuneração pela colheita
da laranja.
O ato aconteceu o sábado 9 em frente da sede do
Sindicato Rural de Taquaritinga.
Os trabalhadores estiveram presentes,
bem como suas lideranças sindicais no
Sindicato de Empregados Rurais Assalariados,
Federação dos Empregados Rurais FERAESP
e a CONTAC –Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação.
Os trabalhadores protestam pelos valores
baixos recebidos no trabalho de colheita da
laranja, condições de segurança e saúde e os
produtores da fruta em relação aos baixos
preços obtidos pela venda, em contraste aos
altos custos dos fertilizantes e a
paralisação da colheita imposta pelas
indústrias de suco.
Contexto
Nos últimos dias as indústrias processadoras
de laranja para a produção do suco, que
determinaram a paralisação parcial e, em
alguns casos, total da colheita de laranja,
levando ao desespero os trabalhadores que
estão ficando sem trabalho e sem salário.
Como é sabido, a contratação de colhedores
de laranja se realiza por produtores rurais,
reunidos em condomínios, porém, as
indústrias determinam as condições e o ritmo
de trabalho.
Pedido de
mesa-redonda com indústria e participação
do M.P.T
e M.T.E
Ainda pelos trabalhadores, foi protocolado
no Ministério do Trabalho e Emprego,
gerência regional de Araraquara, um pedido
de reunião (mesa-redonda) para o debate e
resolução dos problemas que envolvem os
trabalhadores
Diante da gravidade e urgência que impõe a
situação, a FERAESP e seus sindicatos
filiados, representantes dos colhedores de
laranja, pleiteiam como solução o seguinte:
1) imediata liberação/retomada das operações
de colheita e moagem de laranja, ativando-se
a safra em sua plenitude;
2) pagamento dos salários normais dos dias
paralisados em razão das paradas totais ou
parciais e a todos os trabalhadores,
seguidos de todas as verbas/encargos
decorrentes do salário;
3) apresentação do cronograma de colheita,
de modo a atender toda a mão-de-obra
contratada,
4) responsabilização pelas indústrias de
toda contratação de trabalhadores nas
funções de colheita de toda laranja
destinada à indústria, que deverá assumir
todos os encargos da relação de emprego, por
ser ela, indústria, a efetiva controladora
da atividade.
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