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Greve em frigorifico
de Jaraguá do Sul |
Trabalhadores da Minuano fazem greve
por falta de pagamento salarial
Trabalhadores da empresa Frigorífico
Frigumz Alimentos S/A, que pertence a empresa
Minuano de Lageado/RS desde 1994, estão em greve por
tempo indeterminado. Aproximadamente 150
trabalhadores de um total de 240 estão parados até
que a empresa faça o pagamento de seus salários. O
frigorífico de abate de suínos não é a primeira vez
que enfrenta o descontentamento dos trabalhadores
por atraso de salários. Nesta quarta-feira (11 de
abril) os trabalhadores decidiram que não voltam ao
trabalho sem receber o salário integral.
Os fatos
– segundo a empresa não há como fazer o pagamento
dos salários por que a empresa enfrenta dificuldades
financeiras. Segundo os trabalhadores “a produção
continua inalterada a produção não tem nada a ver
com o não pagamento dos salários” desabafa a
trabalhadora. E não bastasse essa revolta na porta
da empresa os trabalhadores colocaram uma faixa
explicando o verdadeiro problema: má administração.
A proposta
da empresa - a empresa,
como já havia acontecido em outras vezes, fez o
pagamento de 40% dos salários dos trabalhadores e
propôs que os trabalhadores voltassem a trabalhar na
quinta-feira (12 de abril) com a promessa de efetuar
o restante do pagamento até sexta-feira. A empresa
deixou claro que não há condições financeiras de
efetuar o pagamento antes dessa data. Uma comissão
formada por dirigentes sindicais e trabalhadores
participou das negociações e não encontraram avanço
algum na conversa com a empresa. Para o Presidente
do Sindicato, Sérgio Eccel, “estava na cara que
jamais os trabalhadores iriam aceitar uma promessa
dessas, pois a empresa já havia prometido a pouco
tempo atrás que não atrasaria mais os pagamentos e
não cumpriu a promessa.” Referindo-se a última greve
que os trabalhadores fizeram por atrasos de
salários.
Os trabalhadores
– a faixa “chega de falsas
promessas” deixava clara a posição dos
trabalhadores. Por unanimidade os trabalhadores
reprovaram a proposta da empresa e decidiram que
continuam em greve até o pagamento dos salários.
Ficou decidido também que as negociações continuam
com a empresa e nesta quinta-feira (12 de abril) os
trabalhadores farão às 13h uma nova assembléia para
a apreciação da proposta patronal.
O Sindicato
– para a entidade não há como negociar pagamento
salarial. “Os trabalhadores cumpriram sua parte no
contrato de trabalho e a empresa não cumpriu a parte
dela. Agora os trabalhadores estão decididos a só
voltar a trabalhar com o pagamento no bolso. Somente
o que é seu por direito, nada mais” afirma Sérgio
Eccel Presidente da entidade.
Nilson Antonio
CONTAC
12 de abril de
2007 |