CONTAG se prepara para a 11ª edição de 2005 do Grito da Terra Brasil, nos dias 1 e 2 de junho, e para isso se reúne nesta sexta-feira, 29/04, com o presidente Lula, no Palácio do Planalto, às 15h. No encontro, os sindicalistas entregarão a pauta de reivindicações do Grito. A maior preocupação do grupo é com o cumprimento das metas da reforma agrária. A Contag pretende colocar em Brasília 5 mil de trabalhadores e trabalhadoras rurais durante o Grito.

Para o presidente da CONTAG, Manoel dos Santos, o contingenciamento de verbas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) indica que dificilmente o governo terá condições de atingir os objetivos propostos para este ano de assentar 115 mil famílias. Segundo dados divulgados pelo Incra em janeiro, seria necessária uma suplementação da ordem de R$ 700 milhões. “No entanto, existem R$ 400 milhões disponíveis, mas o MDA precisaria de, no mínimo, R$ 1 bilhão, só para fazer a aquisição de terras. Vamos lutar para que esse corte no orçamento seja revertido”, salienta Santos.

Outra reivindicação da CONTAG é que o governo federal defina regras claras para a previdência rural. A pauta traz ainda itens relacionados a questões da saúde e educação para o meio rural. Violência no campo e meio-ambiente. “Queremos avançar na criação de ouvidorias agrárias nos estados para agilizar a apuração de crimes cometidos contra trabalhadores e trabalhadoras rurais”, explica.

A CONTAG pretende ainda, acabar com o trabalho informal no campo e para isso vai chamar o governo federal, para juntos, deflagrar uma campanha nacional de assinatura de Carteiras de Trabalho, que considere a especificidades, como as da juventude rural assalariada.