A Rel-UITA continua crescendo no setor
de carnes.
Na semana passada, o Sindicato Único de
Trabalhadores de La Caballada de Salto (SUTLCAS)
se filiou a nossa Internacional.
A filiação do SUTLCAS cumpriu o
protocolo na sede da Rel-UITA em
Montevidéu. Com esta
incorporação, contamos com dois
sindicatos do
Grupo Marfrig
no
Uruguai,
sendo que em, outubro de 2009, se filiou
o Sindicato de Operários do Frigorífico
Maragato (SOFRIM), do
departamento de San José.
Nos últimos anos no Uruguai vem
sendo registrada uma presença crescente
de empresas e transnacionais
brasileiras. Tanto é que,
em 2009, oito das 20 maiores
exportadoras do país estavam em mãos
brasileiras.
No setor de carnes vermelhas, a
tendência é que as empresas “verde –
amarelas” fiquem com tudo, em um
processo de “cartelização” como
aconteceu com a produção de cerveja onde
a
AmBev, com a aquisição das fábricas da
Pilsen, Patricia e Norteña, tem o
monopólio da produção de cerveja no
Uruguai.
Atualmente sete frigoríficos
estrangeiros concentram 54 % das
exportações totais de carne do Uruguai,
e seis frigoríficos brasileiros
registram 45,3 % das exportações de
carne e 34 % do abate local. Além disso,
seis dos dez frigoríficos que mais
abatem no Uruguai são propriedade das
brasileiras Marfrig, Bertin – Friboi e
Pulsa.
O grupo Marfrig exporta carnes para mais
de 140 países da Europa, Ásia, África,
Oriente Médio e América do Sul, e no
Uruguai conta com cinco frigoríficos:
dois no norte do país, Tacuarembó
(localizado no departamento do mesmo
nome), La Caballada (em Salto);
dois no sudoeste, Inaler (em São
José), Colonia (em Colônia), e
Noblemark (ex Incur)
no oeste (Fray
Bentos),
onde foi reaberta a planta de carnes em
2008.
Por que o Uruguai? Porque o país
representa, para as transnacionais
brasileiras da indústria frigorífica, um
“objetivo estratégico”.
O
Uruguai é
um país livre de aftosa com vacinação e
do mal da "vaca louca", e aqui é
possível entrar no mercado do NAFTA, o
que não é possível a partir do Brasil.