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Comunicado   U R G E N T E

 

 

 

Sindicato Nacional dos Trabalhadores

da Indústria Agropecuária

 


 

C O M U N I C A D O   U R G E N T E

 

Ameaçada a representante do Ministério que se dirigiu até a zona do conflito na fazenda de dendezeiros Palo Alto

 

Autoridade municipal permite a entrada de fura-greves

 

A Junta Diretora Nacional do SINTRAINAGRO informa que a situação de conflito coletivo existente na empresa Inversiones Palo Alto Gnecco Espinosa & Cía. S. em C., do município Pueblo Viejo, no departamento de Magdalena, complicou-se gravemente.

 

O Ministério da Proteção Social deslocou para o local uma Comissão presidida pela doutora Luz Stella Veira, chefe da Unidade de Registro e Controle, para que, durante os dias 28 e 29 de janeiro, fossem realizadas reuniões de aproximação entre os representantes do SINTRAINAGRO e da empresa Inversiones Palo Alto.

 

A doutora Luz Stella Veira denunciou ter recebido ameaças por estar exercendo a sua obrigação institucional de se deslocar até a cidade de Santa Marta, na busca de um acordo para a negociação. A isto se soma o fato dos representantes da empresa se negarem a aceitar a presença sindical e, por tanto, a iniciar a negociação da Pauta de Petições.

 

Na sexta passada, dia 29, foi conseguida a intervenção do Governador responsável por Magdalena e do Prefeito do município de Pueblo Viejo os quais, juntamente com o Ministério da Proteção Social e com o Sindicato, reiteraram a obrigatoriedade legal que a empresa tem de iniciar a negociação coletiva, mas ainda assim o advogado e o administrador da empresa se negaram novamente a aceitar o processo de negociação.

 

O Prefeito do município de Pueblo Viejo informou ao Sindicato que, em coordenação com a Polícia Nacional, havia autorizado a entrada de um grupo de novos trabalhadores na fazenda em conflito, o que significa uma flagrante violação ao direito de associação e negociação coletiva, e deixa exposta a cumplicidade desta autoridade local com os empresários, visando proteger a sua posição radical e negativa para iniciar a negociação.

 

A argumentação que mais se percebe nas reuniões efetuadas está claramente sustentada nos antecedentes de violência e de ilegal intimidação armada exercida na região, nos fazendo entender que esta situação é como uma tentativa de aterrorizar os trabalhadores e trabalhadoras para que o Sindicato desista de suas reivindicações com respeito ao direito legítimo e constitucional de exercer a sua atividade em matéria de organização e negociação coletiva.

 

Caso se consolide o propósito da autoridade municipal e dos empresários de acabar com o conflito coletivo com a presença de novos trabalhadores e a força pública, advertimos que, devido à resistência unitária dos trabalhadores organizados, poderiam surgir graves situações de violência.

 

Se isto ocorresse, responsabilizaríamos diretamente as autoridades governamentais e as forças de segurança do Estado por sua negligência e cumplicidade com os propósitos empresariais, ainda que o tema seja de pleno conhecimento do  vice-presidente da República, do ministro do Interior e da Direção Nacional da Polícia, assim como do Comando Regional da Polícia de Magdalena.

 

Convocamos, com urgência, a Central Unitária de Trabalhadores (CUT), a União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação e a Agricultura (UITA), todo o sindicalismo nacional e internacional para fortalecer a gestão diante do governo nacional, além do escritório da OIT na Colômbia para que a sua intervenção contribua para uma solução pacífica com proteção da aplicação dos convênios internacionais.

 

Pela Junta Nacional,

 

 

ADELA TORRES VALOY

Secretária Geral

HERNAN CORREA

Presidente (E)

 

 

Apartadó, 30 de janeiro de 2010

 

SINTRAINAGRO - Sindicato Nacional de Trabajadores de la Industria Agropecuaria

 

 

Rel-UITA  -  SINTRAINAGRO

2 de fevereiro de 2010

 

 

 

Foto: Luis Alejandro Pedraza

  

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