Argentina

Philip Morris se metendo onde não é chamada

 

 

Quando a Federação de Trabalhadores do Tabaco da República Argentina se dispôs a discutir salários, seu titular, Juan Martini, em conversa com SIREL, denunciou que “Não é de hoje que a transnacional Philip Morris se intromete na vida da Federação. Junte-se a isso o fato de a empresa não respeitar o Convênio Coletivo, nem a antiguidade, demonstrando um mau trato crescente. Não dá pra entender essa situação –continua Martini– e isso nos preocupa muito. Se a Philip Morris tem a pretensão de fazer da organização sindical um instrumento a serviço da empresa, está enganada. Nós estamos aqui para defender os nossos companheiros, para que sejam respeitados e tratados com respeito".

 

Philip Morris é uma das maiores companhias de tabaco do mundo e é a detentora de várias marcas de cigarros mais vendidas. Responde por mais de 50 fábricas e seus cigarros são vendidos em mais de 160 mercados.

 

Massalin Particulares, a filial argentina da fábrica de tabacos norte-americana produtora da marca Marlboro, ocupa o primeiro lugar em vendas e produz 65% dos cigarros consumidos no país.

 

Juan Martini afirmou que o diálogo com a companhia não avança, e por isso, em mais de uma oportunidade, a Federação recorreu ao Ministério do Trabalho, o que incomoda a transnacional. “Nós somos do diálogo, e preferimos encontrar soluções sem tomar nenhum tipo de medidas, mas a atitude de Philip Morris está nos levando a um conflito que a Federação não deseja”, enfatizou o dirigente.

Da Argentina, Gerardo Iglesias

© Rel-UITA

6 de dezembro de 2006

 

 

 

 

 

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