Trabalhadores paulistas
do setor do suco e empresas aprovaram convenção coletiva, definindo reajuste
salarial
de 7 por cento para
este ano.
As negociações foram
realizadas entre a Federação dos Trabalhadores nas Industrias de Alimentação do
Estado de São Paulo (FETIASP) e a Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (FIESP), em conjunto com o sindicato patronal.
O reajuste representa
ganho real de 2,14 por cento, considerada a inflação acumulada do período
(INPC). Para Artur Bueno Júnior, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (STIAL), “foi uma grande
conquista, em um ano ruim para a indústria do suco. A indústria não queria
ceder. O trabalhador, no entanto, não poderia ser punido pela oscilação do
mercado”, apontou.
O Sindicato de Limeira
participou de todas as rodadas de negociação da federação. O aumento é
retroativo ao mês de junho, e o piso salarial da categoria foi estabelecido em
R$ 839,74.
FUSÃO
Os trabalhadores
aproveitaram as negociações para cobrar do setor patronal, mais informações
sobre a fusão das empresas Citrosuco e Citirovita. Eles criaram
a maior indústria do mundo, mas trouxeram o temor de demissões.
Aprovada em dezembro
pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), esta fusão já
provocou o fechamento de uma fábrica da Citrovita em Matão, e a demissão
de 250 trabalhadores. Na unidade da Citrosuco, em Limeira, a situação é
estável, mas o Sindicato quer uma definição mais clara sobre a política da
empresa com relação à fábrica.
Existe o temor, pois há
uma unidade da Citrovita na cidade de Araras, o que poderia sugerir o
fechamento de uma das duas. Nesta semana, o STIAL protocolou oficio junto
à empresa, solicitando reunião para tratar do assunto.
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