Brasil

CONTAG repudia libertação do fazendeiro acusado das mortes em Unai

 

 

A direção da CONTAG repudia a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que concedeu, na noite da terça feira (30), hábeas-corpus em favor do fazendeiro Norberto Mânica, acusado de ser o mandante da morte de três auditores e um motorista do Ministério do Trabalho, em janeiro de 2004, em Unaí (MG). "Ficamos tristes com a decisão do STF. Afinal, Norberto já tinha envolvimento comprovado nos crimes. Agora ele está solto, o quê é uma vergonha", desabafou Antônio Lucas, diretor de Assalariados da CONTAG.

 

Lucas participou nesta quarta-feira (31) de reunião na Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae). No encontro, segundo ele, auditores fiscais reclamaram da falta de segurança para desenvolverem suas atividades e protestaram contra a libertação de Norberto. Ele contou que os fiscais ameaçaram interromper as fiscalizações caso o governo não garanta condições de segurança para exercerem o trabalho.

 

"Atualmente, cerca de 25 mil de trabalhadores vivem em condições análogas as de escravidão no Brasil, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Muitos deles, nem sabem que estão sendo forçados a trabalhar indignamente". Para Lucas, a decisão do STF prejudica o trabalho que a CONTAG, Ministério Publico, entidades civis, governamentais e não-governamentais vem desenvolvendo para diminuir este tipo de prática.

Agência CONTAG

2 de setembro de 2005

 

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