No ato em frente ao Congresso Nacional, promovido pelo
Grito da Terra Brasil, o presidente da CONTAG, Manoel
dos Santos, disse que a paciência dos trabalhadores e
trabalhadoras rurais está chegando ao limite e
“exigiu” um encontro ainda hoje (01/06) com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a equipe
econômica do governo federal. Segundo Manoel dos
Santos, apesar de as negociações da pauta de
reivindicações do Grito da Terra com o governo federal
terem avançado, um entrave tem sido, até o momento, a
falta de recursos. Ele explica que outros setores do
governo até se mostram dispostos a atender as demandas
dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, mas
argumentam que não há dinheiro. “O ministro Palocci
tem que aparecer com esse dinheiro”, reclama Manoel.
Uma das reivindicações do Grito da Terra Brasil ainda
não atendida é a liberação de R$ 18 bilhões para o
Pronaf. A reforma agrária é outra exigência. De acordo
com Manoel dos Santos, apenas 20% das terras
brasileiras são destinadas à agricultura familiar. O
restante ou está com o agronegócio, ou são latifúndios
improdutivos.
Na abertura do ato público, o presidente do PT, José
Genoíno, disse que o governo tem avançado em políticas
sociais, mas considera importante que os movimentos
social e sindical continuem a reivindicar, de forma a
aprimorar a atuação do governo. Genoíno disse ainda
que vai tentar agendar a reunião reivindicada pela
CONTAG.
Agência CONTAG
1 de junio de 2005
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