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Con Artur Bueno de Camargo Júnior

Ajinomoto volta ao ataque

 

 

A transnacional japonesa parou de descontar a contribuição sindical, em uma clara tentativa de abalar o Sindicato. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Limeira comentou sobre este novo ataque da transnacional.

 

-Qual é o problema que vocês estão enfrentando atualmente?

-Há dois anos estamos tendo alguns problemas com a Ajinomoto, geralmente vinculados às reivindicações dos trabalhadores que a empresa se recusava a atender.

 

Depois que o Sindicato conseguiu estabelecer no Convênio Coletivo que a contribuição sindical fosse descontada, de uma hora para a outra a companhia parou de fazer isso.

 

Para o Sindicato esta medida, além de violar o convênio assinado, é um ataque direto à organização dos trabalhadores porque, sem dúvida, a estratégia da Ajinomoto é de nos enfraquecer.

 

Como não conseguiram neutralizar o nosso trabalho com as diversas artimanhas jurídicas que tentaram impor em todo este tempo, agora querem nos atacar financeiramente.

 

-Que medidas vocês tomaram diante desta situação?

-Como primeiro passo, nos reunimos com a direção da empresa para abordar a questão da ilegalidade desta medida e exigir uma mudança de postura.

 

Na reunião da quarta-feira passada, 13 de março, a Ajinomoto, por sua vez, afirmou claramente que o Sindicato terá que assinar alguns acordos para que a empresa volte a descontar a contribuição sindical.

 

O que disseram foi: “se vocês assinarem, nós faremos o desconto da contribuição, caso contrário tudo continuará como está”. Essa chantagem é inaceitável e, por isso, demos um prazo até terça-feira 19 para que eles mudem sua postura ou começaremos a tomar medidas de força.

 

-Quais são os acordos que a Ajinomoto quer que vocês assinem?

-São acordos que ficaram pendentes na última negociação e se referem à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e à jornada de trabalho. Como os trabalhadores não concordam com o proposto pela empresa, estes pontos ainda não foram assinados.

 

Em relação à PLR, a companhia oferece uma porcentagem que não é aceita pelos trabalhadores e, em relação à jornada de trabalho, querem implementar uma mudança nos turnos para que os dias de folga sejam rotativos, mas os trabalhadores querem que os dias de folga sejam nos finais de semana.

 

Em última análise, o que a transnacional quer com este novo ataque é desarticular o Sindicato, mas não vai conseguir.

 

Sabemos que contamos com o apoio dos trabalhadores e internacionalmente da UITA.

 

 

 

 

Em Montevidéu, Amalia Antúnez

Rel-UITA

19 de abril de 2011

 

 

 

 Foto: STIA-Limeira , mobilização na AJINOMOTO, 2010

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