Fim da greve na Cargill 

Os trabalhadores da Seara-Cargill, após quatro dias de paralisação, voltaram ao trabalho. A decisão foi tomada em assembléia em frente à fábrica

A paralisação envolveu 2.600 trabalhadores, na sua maioria mulheres, e a adesão cresceu a cada dia que passou. O retorno das negociações se deu após a intervenção do Ministério do Trabalho, e a reunião que tirou a proposta durou mais de 8 horas.

Greve garantiu conquistas

O resultado do movimento foi positivo, pois foram alcançados importantes avanços para os trabalhadores:

• Aumento de 9,5%;

• Ampliação do número de cestas básicas, de 10 para 12, e a melhoria das mesmas com o aumento na quantidade de produtos (passou de um valor de R$ 25,00 para R$ 40,00);

• Garantia da não-demissão dos grevistas;

• Insalubridade de 10% para o setor de sala de cortes, e a manutenção da ação judicial que definirá, em janeiro, pelo pagamento de 20% de insalubridade para estes trabalhadores, retroativo a outubro/2008.

Indígenas têm participação destacada

Os indígenas que trabalham na unidade da Seara-Cargill de Sidrolândia-MS foram exemplo para os demais trabalhadores. A empresa tentou mais uma vez pressionar, através dos caciques das tribos, para que obrigassem os índios a abandonar o movimento de greve, mas os mesmos enfrentaram não só os caciques, mas também a truculência da empresa, e se mantiveram firmes na paralisação e solidários á greve.

Polícia militar dá exemplo de tratamento com movimentos sociais

A Polícia Militar de Sidrolândia deu exemplo de seriedade, imparcialidade e isenção durante toda a greve. Tratou de maneira correta qualquer problema que acontecia, fosse causado pela empresa ou pelos trabalhadores. Atuou garantindo liberdade para quem quisesse aderir à greve, retirou seguranças contratados pela empresa para pressionar dentro dos ônibus, e coibiu excessos de quem estava no local e não fazia parte ou não seguia as orientações do comando de greve. Parabéns à Polícia Militar de Sidrolândia-MS

Trabalhadores vitoriosos

Os trabalhadores da unidade Seara-Cargill de Sidrolândia deram um exemplo de unidade e consciência sindical quando, mesmo com os portões abertos e sem piquete, não entraram para o trabalho.