Guatemala - Coca Cola

 

Com Lázaro Serrano

Sem sinais de melhora em FEMSA

A negociação em um labirinto

 

No dia 8 de maio passado, foi detida a negociação coletiva entre o Sindicato de Trabalhadores da Engarrafadora Central Sociedade Anônima (STECSA) e a Engarrafadora Central (EMBOCEN) subsidiária da mexicana FEMSA. O Sindicato denunciou reiteradamente a EMBOCEN-FEMSA por permitir a invasão de produtos de outras subsidiárias da Coca-Cola Co. em seu território, o esvaziamento de recursos e modificações nas rotas de distribuição, em um cenário em que se percebe um ardil para terminar com a fábrica e destruir o Sindicato. Em relação a esta situação, SIREL conversou com Lázaro Serrano, secretário de Organização e Estratégia do STECSA

 

 

-Quais foram os motivos que levaram a que a negociação coletiva fosse interrompida?

-A negociação foi interrompida por várias razões: porque a empresa mantém a exigência de que cada caminhoneiro deva vender uma quantidade inalcançável de caixas. Por outro lado, pretendem eliminar um auxiliar daqueles caminhões que não conseguirem vender o mínimo de 225 caixas exigido pela empresa. Atualmente, a tripulação de cada caminhão é de um motorista-vendedor e dois auxiliares.

Por outro lado, a companhia está dividindo os produtos com caminhões particulares, terceirizando a distribuição com trabalhadores não sindicalizados, que os vendem a menor preço. Sendo assim, nossa organização apresentou ao Ministério do Trabalho uma mudança em sua denominação, que não foi aceita pela FEMSA, apesar de ser totalmente legítima. A modificação foi sugerida por precaução, já que a EMBOCEN criou outras duas empresas com o objetivo de esvaziar seus recursos. Além disso, sugerem um reajuste salarial com base no sistema de produtividade em lugar de um aumento geral de salários. Se vendermos mais caixas, teremos direito a uns centavos a mais e se não fizermos isso, não há aumento.

 

9-3-2007  


FEMSA chantajea y especula con imponerse por omisión


Una nueva estrategia: prolongar deliberadamente la negociación del Pacto Colectivo

 

Por Amalia Antúnez

-Qual é a situação atual?

-A EMBOCEN está modificando unilateralmente as condições de trabalho. Por exemplo, segundo informações de alguns vendedores na quarta-feira 23, nos depósitos situados nos chamados "setores vermelhos"*, onde a empresa vendia produtos por um preço especial,  ela não o fará mais. Isso significa que estes clientes vão adquirir os produtos em qualquer outro lugar que lhes ofereça um menor preço como, por exemplo, as engarrafadoras da Coca-Cola vizinhas -DIMPA e ABASA- que estão invadindo o território da EMBOCEN de maneira sistemática e sem que esta reaja.

 

-Quais são as ações que o STECSA adotará diante desta situação?

-Planejamos duas medidas para a próxima semana. A primeira é não usar a camisa do uniforme e sim camisetas brancas com diferentes dizeres, como por exemplo:

A FEMSA não respeita o pacto coletivo nem as condições de trabalho”.

Coca-Cola Company é responsável, conjuntamente com a FEMSA, por tentar destruir o STECSA”.

O direito à negociação coletiva está garantido pela Constituição e pelas leis de nosso país.

A segunda, a ser coordenada com os companheiros da distribuição, será colocar  mantas em cada caminhão dizendo:

A FEMSA e a Coca-Cola permitem que o território da EMBOCEN seja invadido para destruir o Sindicato e

 “Responsabilizamos a Coca-Cola Company pelo que possa acontecer mais adiante”.

 

Por outro lado, enviaremos à Procuradoria de Direitos Sindicais e ao Ministério Público, uma denúncia de que a partir do dia 8 de maio passado, quando as negociações foram suspensas, estão chegando pessoas desconhecidas nos diferentes locais de trabalho, com câmaras de vídeo e fotográficas, passando-se por advogados ou por fiscais do trabalho. O mais grave é que estão entrando na fábrica às 3 ou 4 da manhã. Em conseqüência,  desde já responsabilizamos o pessoal da FEMSA e da Coca-Cola por qualquer dano que os membros do sindicato possam vir a sofrer.

 

Em Montevidéu, Amalia Antúnez

© Rel-UITA

31 de maio de 2007

 

 

 

 

 

* Setores vermelhos (sectores rojos no original): Regiões da cidade bastante inseguras

   devido a seu alto índice de delinqüência

 

 

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