
        
        
 
 
Com Miguel Luiz dos Santos
  
  
 Acordo 
na Doux Frangosul põe fim à greve de Passo Fundo
 
Depois de mais de uma semana de paralisação, os trabalhadores e 
trabalhadoras do frigorífico de Passo Fundo (Rio Grande do Sul), 
chegaram a um acordo com a empresa. Para mais detalhes do acordo, Sirel 
dialogou com Miguel Luiz dos Santos, presidente do Sindicato dos 
Trabalhadores da Alimentação da cidade.
   
-Como chegaram ao acordo?
-Em 27 de julho passado, o Sindicato participou de uma audiência de 
conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), à qual a 
empresa chegou com uma nova  e melhorada proposta que, na quinta-feira 
28, foi votada na Assembleia e aceita pela maioria.
  
Embora não fosse o que os trabalhadores inicialmente aspiravam, houve 
uma melhora na primeira oferta e o resultado final foi positivo. 
  
-Em que consistiu essa nova oferta da empresa?
-Entramos em acordo em torno de um piso salarial de 720 reais (460 
dólares aproximadamente) e obtivemos o que estávamos pedindo com relação 
à participação nos lucros e resultados, 600 reais (380 dólares 
aproximadamente) e outro tanto relativo ao auxílio escolar, que passou a 
ser de 372 reais (237 dólares aproximadamente) 
  
Em relação ao Vale Transporte, obtivemos um grande avanço, já que nesta 
rubrica a DOUX descontava 6 por cento dos salários dos 
trabalhadores, enquanto que agora desconta apenas 2 por cento, o que 
significa um aumento indireto de 4 por cento nos salários.
  
Por outro lado, a transnacional francesa concordou em pagar todos dias 
em que os trabalhadores estiveram em greve.
 
-Você acha que a denúncia a nível internacional influenciou a mudança de 
postura da Doux? 
-Sem dúvida, a participação da UITA ajudou muito, apesar da 
empresa estar apostando em chegar à instância judicial já sabendo que o
TRT se pronunciaria por um aumento com base na inflação do 
período, -6,3 por cento-, conseguimos 8 por cento e benefícios 
importantes. 
