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Reportagem do Brasil de Fato denuncia que, 
apesar do extenso currículo de lesões e mutilações, 
empresa recebe bilhões do BNDES.  
“A JBS tem como 
missão ser a melhor em tudo o que se propõe a fazer”, diz a página da “maior 
empresa em processamento de proteína animal do mundo”.    
No entanto, será o 
crime uma missão da JBS Friboi? Esse é o questionamento que se faz a essa 
empresa que recebeu R$ 10 bilhões de dinheiro público do BNDES (Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).    
São contundentes os 
relatos de funcionários vitimados pela superexploração, pelo ritmo intenso de 
trabalho e pelas longas e extenuantes jornadas que multiplicam os acidentes de 
trabalho com lesões e mutilações.   
A multiplicação das 
denúncias e dos protestos vem forçando a Justiça, mesmo que ainda modestamente, 
a sair da letargia diante do rastro de sangue e dor deixado pela gigante da 
alimentação.   
O Presidente da Central 
Única dos Trabalhadores (CUT) e seu representante no Conselho do BNDES,
Artur Henrique, sustenta que “é inaceitável manter recursos públicos, 
desonerar ou incentivar determinados setores econômicos sem a obrigação de 
estabelecer metas de contrapartidas sociais”.    
Segundo Artur 
Henrique, “estas metas não devem se restringir à geração de emprego, mas à 
qualidade dos empregos, às condições de trabalho e ao fortalecimento da 
negociação coletiva. Afinal, não é possível continuar investindo bilhões de 
reais numa empresa como a JBS Friboi e, ao mesmo tempo, gastar bilhões 
com a Seguridade Social para bancar os milhares de doentes afastados, lesionados 
e mutilados”.   
“Estimulada pela falta 
de atitude do governo, agora a empresa parte diretamente para o achaque e a 
chantagem explícita, ameaçando com o fechamento de plantas, caso não receba mais 
prêmios por sua conduta criminosa”, acrescentou Siderlei de Oliveira, 
presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da 
Alimentação (CONTAC).    
Muito diferente da 
“responsabilidade social” de suas publicidades, a JBS suspendeu por tempo 
indeterminado suas operações nas plantas de Presidente Epitácio (SP), Teófilo 
Otoni (MG) e Maringá (PR), sem qualquer comunicação aos trabalhadores, denunciou
Siderlei. 
  
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