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    Brasil - AmBev

Reunião da Comissão Nacional de Trabalhadores da AmBev

Haverá um acompanhamento sindical permanente da multinacional
cervejeira em todo o país

Convocada pela Confederação Nacional de Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, Agroindústria, Cooperativas de Cereais e Assalariados Rurais (CONTAC), e pela Confederação Nacional de Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins (CNTA), a Comissão Nacional de Trabalhadores da AmBev se reuniu na terça-feira passada, dia 25 de março, em São Paulo com a presença de 98 por cento dos sindicatos de todo o país.

 

Na opinião de Siderlei de Oliveira, presidente da CONTAC e do Instituto Nacional de Saúde, Trabalho e Meio Ambiente (INST) da CUT, “A reunião da Comissão Nacional de Trabalhadores da AmBev é conseqüência da forma como a empresa está tratando os trabalhadores, aplicando instrumentos claramente mortificantes. Esta realidade é tão forte que motivou a reunião dos sindicatos da AmBev de quatro centrais: além da CUT e da Força Sindical, estiveram presentes as organizações da Nova Central Sindical e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)”.  

 

“Nesta reunião pudemos constatar diversos fatos -continuou Siderlei-, como a pressão com a qual a AmBev pretende impor os ‘bancos de horas’, em um momento onde, no Brasil, os sindicatos e as centrais de trabalhadores estão lutando por uma redução da jornada de trabalho e pela eliminação dos excessos no ritmo de trabalho nas fábricas. Se a AmBev é a maior cervejeira do mundo, não conseguimos entender, como é que ao mesmo tempo seja uma das empresas que pior trata os seus trabalhadores como, por exemplo, coagindo-os para lhes impor suas políticas, ameaçando com o fechamento de fábricas, promovendo o enfrentamento entre trabalhadores, entre outras coisas”.

 

Siderlei afirmou que “Isto não pode continuar assim. Primeiro faremos coordenações e ações a nível nacional, e depois no âmbito internacional, porque sabemos que esta multinacional está aplicando as mesmas políticas e procedimentos em toda parte, especialmente na América Latina. O primeiro que estaremos encarando é fortalecer esta Comissão Nacional, coordenada pela CONTAC e pela CNTA. De agora em diante, todos os problemas referentes à AmBev serão tratados neste âmbito. Depois, levaremos a sugestão aos sindicatos dos países da América Latina, para que adotem esta mesma modalidade de Comissão Nacional Intersindical da AmBev, como forma de ir criando níveis de coordenação efetiva”.

 

Consultado por Sirel, Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA, expressou por sua parte que a convocação atendeu “à constatação feita por ambas as organizações (CONTAC e CNTA) dos maus-tratos e das desigualdades a que a AmBev submete os seus trabalhadores no Brasil. No encontro constatamos desigualdades salariais, também um protesto generalizado dos trabalhadores contra o ‘banco de horas’ e questionamentos ao chamado Programa de Excelência Fabril (PEF), que estabelece prêmios para os trabalhadores que alcancem as metas fixadas pela empresa. Por outro lado -continuou Artur Bueno- designamos uma comissão que se reunirá em 24 de abril com o objetivo de realizar um levantamento da situação de cada fábrica da AmBev no Brasil, para que possamos, assim, elaborar um plano de ação conjunto”.

 

“O descontentamento é muito grande, comentou Artur, e tentaremos uma negociação sobre todos estes pontos e outros mais. O ambiente geral é que, se a empresa não se dispõe a negociar, poderemos instrumentar uma ação coordenada, que poderia ir desde uma manifestação até uma paralisação”.

 

Sendo assim, a CONTAC e a CNTA decidiram elaborar um boletim conjunto que será distribuído simultaneamente em todas as fábricas da AmBev do Brasil.

Em Montevidéu, Carlos Amorín
Rel-UITA
27 de março de 2008

 

 

 

Fotos: Anderson “Batata” Bernardes

 

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