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Perú 
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A 
intransigência da Nestlé  | 
 
 
 
 
  
 
Em 9 de setembro, o 
Sindicato Único Nacional de Trabalhadores Nestlé Peru (SUNTRANEP) 
apresentou o prazo de greve indefinida para a empresa e no dia 10 
fez a mesma coisa junto ao Ministério de Trabalho. Por não se 
intermediar uma solução para as reivindicações dos trabalhadores, a 
greve começará no próximo dia 23 
 
 
   
  
O 
sindicato 
apresentou a pauta de reivindicações para 
a empresa e para o Ministério do Trabalho em dezembro do ano passado 
e, em janeiro, começaram as negociações para se firmar um novo 
Convênio Coletivo. Depois de 16 reuniões, sem chegar a um consenso, 
passou-se à etapa de conciliação. Nem nessa instância a direção da
Nestlé mostrou uma verdadeira intenção de diálogo. Sua 
postura foi intransigente especialmente no que se refere à parte 
salarial e à vigência do novo acordo. Sirel dialogou com 
Alexander Caballero, secretário geral do SUNTRANEP, que 
comentou os passos desta prolongada negociação que parece, agora, 
encaminhar-se para a greve.
  
  
 
-Quais 
são os pontos mais conflituosos da 
negociação?
-Desde o começo não houve acordo no que se refere ao aumento 
salarial, pois o sindicato reivindicou, inicialmente, um aumento de 
13 por cento sobre a média salarial básica e esta proposta foi 
mudando ao longo de todos estes meses de negociação. Atualmente o 
sindicato reivindica um aumento salarial baseado unicamente na 
inflação anual de 2007, que foi de 4 por cento aproximadamente, e 
ainda assim a empresa se nega a assinar. Por outro lado, nós 
trabalhadores insistimos em que o Convênio tenha a vigência de um 
ano, devido aos vaivéns da economia do país, mas a empresa só aceita 
se for de dois anos.  
 
  
  
 
-Na sexta-feira 
passada o Ministério do Trabalho convocou 
para uma reunião, Quais foram os resultados da mesma?
-Nenhum, já que a empresa apresentou uma justificativa para não ir 
e, com isso, voltamos ao ponto de partida. 
  
-Como você qualifica esta atitude? 
-Considero isto como um enorme desplante, a Nestlé é uma 
dessas empresas que o único que quer é destruir os sindicatos. 
 
  
-Que medidas foram tomadas depois? 
  
-No 
dia seguinte a essa fracassada reunião -dia 30 de agosto- nós nos 
reunimos em Assembléia. Ali, a comissão negociadora do sindicato 
informou passo a passo sobre todo o processo de negociação. A 
Assembléia votou, por ampla maioria, entrar em greve indefinida a 
partir de 23 de setembro. 
  
 
 
 
   
 
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Em 
Montevidéu, Amalia Antúnez 
Rel-UITA 
15 de 
setembro de 2008  | 
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