Quando em dezembro, a Nestlé demitiu mais de 
40 trabalhadores, o supervisor disse ao companheiro
Elvis Terrero: “o senhor se salvou por estar 
protegido pelo direito sindical”. Bem, em 9 de abril 
passado, tendo passado o prazo previsto no direito 
sindical, Terrero foi chutado. As razões? 
Negar-se a aceitar um posto de menor hierarquia na 
empresa. Nesse mesmo dia, a Nestlé Sorvetes 
também demitiu o trabalhador Carlos Montero, 
argumentando que a companhia está reestruturando seu 
departamento técnico. 
 
Para saber de mais detalhes, SIREL se 
comunicou com Bernabel Matos, coordenador de 
educação da UITA para a área do Caribe, que 
assim se manifestou: “com estas demissões, a 
Nestlé abusa de seu poder e viola o convênio 
coletivo no que concerne ao acordo sobre 
indenizações trabalhistas assinado entre a Empresa e 
o Sindicato”, afirmou Matos. Declarou ainda: 
“este acordo diz que quando algum trabalhador for 
sair da empresa, as indenizações trabalhistas têm 
que ser solicitadas pelo Sindicato. Neste caso, nada 
disso aconteceu. A empresa simplesmente –enfatizou
Matos- mandou que os companheiros mencionados 
passassem nos escritórios onde foram informados da 
decisão tomada e que retirassem suas indenizações, 
sem lhes dar a oportunidade de consultar o 
Sindicato”.
 
Para o coordenador de educação da UITA, e 
ex-trabalhador da Nestlé em sua fábrica de 
San Francisco de Macorís, “a empresa atuou de má fé, 
e também violentou o acordo de indenizações 
trabalhistas que regulamenta a saída de um 
trabalhador”. 
 
Diante desta situação, o Sindicato e a Federação 
Nacional de Trabalhadores (FENTIAHBETA) 
denunciarão estes fatos ao Ministério do Trabalho e 
não está descartada a implementação de importantes 
ações sindicais. Na próxima quarta-feira, 25 de 
abril, está agendada uma reunião com a direção da 
Nestlé, onde o Sindicato participará acompanhado 
de uma importante delegação da Federação, encabeçada 
por seu presidente Ovidio Calvo,  e por 
Francis Taveras e Ramón Castillo, 
secretários gerais dos sindicatos da Nestlé 
de San Francisco de Macorís e San Cristóbal, 
respectivamente.   
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Gerardo Iglesias 
© 
Rel-UITA 
24 
de abril de 2007  | 
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