Reincidência de fazendeiros no trabalho escravo é comum, revela pesquisa

 

 

 

 

 

 

A impunidade que impera contra fazendeiros incluídos na lista suja do trabalho escravo faz com que esta prática não esteja nem perto do fim no Brasil. Segundo levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), nos últimos 10 anos, quase 18 mil pessoas foram encontradas em situação de escravidão no país e libertadas. Das 24 fazendas denunciadas, somente em 2001, sete são reincidentes.

 

O Estado do Pará é o campeão de denúncias, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), diz que quase 50% das denúncias registradas de 1995 a 2005 foram feitas no estado.

O documentário "Correntes" produzido em 2005, investiga a questão do trabalho escravo nas regiões Norte e Nordeste. Segundo Caio Cavechini, um dos diretores e pesquisadores do filme, o contato com esta realidade gera uma preocupação quanto ao futuro destes trabalhadores.

 

"Existe talvez um sentimento de frustração de ver que estes problemas continuam acontecendo e que às vezes uma fazenda é reincidente na prática de trabalho escravo e no aliciamento de trabalhadores. Então este sentimento é muito presente até nos auditores que fazem as fiscalizações. Ao mesmo tempo isto gera certa dúvida, porque este dinheiro recebido na rescisão pode durar um ano: Mas e depois qual será o destino destes trabalhadores? Será que eles vão conseguir se situar na vida novamente, ou vão continuar vulneráveis.

 

Das metas contidas no Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, elaborado pelo governo federal em 2003, em parceria com diversas entidades de defesa dos direitos humanos, apenas 22% delas foram totalmente cumpridas.

 

De Brasília, Gisele Barbieri

Agência Notícias do Planalto

12 de dezembro de 2006

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