| 
   
   Brasil  
| 
|  | 
Campanha Internacional
de Combate à Violência no Campo 
 Retiram 
acusação contra suspeito do assassinato 
Fetagri-Pará 
e Contag criticam decisão da justiça do estado |  
  |  
   
A Contag e a 
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura 
do Pará (Fetagri-Pará) criticam a decisão da Justiça 
estadual em retirar a acusação contra o fazendeiro Décio 
José Barroso Nunes, o Delsão, suspeito de ser o mandante do 
assassinato do sindicalista Dezinho. 
  
A Justiça atendeu a um pedido da promotoria, que alegou não 
haver provas suficientes contra o suspeito. A decisão 
preocupa o movimento dos trabalhadores e trabalhadoras 
rurais, que vai recorrer. Para o presidente da Fetagri 
do Pará, Carlos Augusto Santos Silva, está muito 
claro que o Delsão é um dos mandantes do assassinato, 
que contratou os pistoleiros para assassinar o Dezinho. 
"Para nós, esse período todinho, essa manifestação do juiz 
é, infelizmente, um atraso ao combate a impunidade no 
campo", comenta. A Fetagri do Pará articula com a 
CPT o recurso. 
  
Para a viúva de Dezinho, Maria Joel Dias é 
mais um caso de impunidade no campo brasileiro. "É mais um 
dos casos que a Justiça não faz de fato aquilo que é para 
ser feito, que é a apuração do caso", disse.  
  
Outro acontecimento preocupante é o segundo julgamento de 
Wellington Jesus da Silva, acusado de ser o assassino de
Dezinho. Wellington foi condenado a 29 anos de 
prisão, mas a defesa conseguiu o direito de pedir novo júri, 
amparado no fato de que a primeira sentença ultrapassou 20 
anos. Com esse julgamento, o acusado pode ter a pena 
reduzida.  
  
Para evitar que isso aconteça, a presidente do sindicato dos 
Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará e viúva de Dezinho,
Maria Joel, disse que haverá mobilização dos 
trabalhadores e trabalhadoras rurais para pressionar a 
Justiça. Maria Joel fez um apelo a categoria 
convocando todos a comparecer ao julgamento.   
  
Para o secretário de Política Agrária e Meio Ambiente da 
Contag, Paulo Caralo, é necessário que o governo 
faça uma reforma no Judiciário. "Em muitos casos, esse poder 
que aí está tem cometido injustiças como, por exemplo, 
alguns casos de impunidade no campo, muitos casos estão até 
prescritos", explica.  
  
Fonte: 
Agência Contag de Notícias 
11 de 
abril de 2007   
 
   
  
Volver 
a Portada 
  |