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Já começou a Marcha das Margaridas 2011! 
  
Mulheres do campo e da floresta vindas de todos 
os pontos cardiais se encontram no Parque da 
Cidade, em Brasília, onde estão se concentrando 
para a grande manifestação de amanhã, ponto 
culminante da Marcha das Margaridas 2011. Neste 
contexto, o Sirel dialogou com Alessandra da 
Costa, vice-presidenta da CONTAG e responsável 
pelas Relações Internacionais dessa organização. 
  
-Como estão sendo concluídos os preparativos 
para a marcha de amanhã? 
-As expectativas são muito boas. Já chegaram 
quase todas as delegações. Esperamos que com as 
que forem chegando esta noite conseguiremos 
reunir mais de 100 mil mulheres na capital do 
Brasil. Amanhã de manhã estaremos fazendo a 
nossa grande manifestação na sede do Congresso. 
  
Durante a manhã de hoje tivemos várias oficinas 
sobre temas relacionados com as reivindicações 
da Marcha. 
  
Neste momento está começando o ato de abertura 
oficial da Marcha das Margaridas, e à noite 
teremos uma atividade cultural com espetáculos 
populares. 
  
-Como será a agenda de amanhã? 
-Bem cedo estaremos marchando pelas ruas de 
Brasília para realizar um grande ato em frente 
ao Congresso. Em seguida, voltaremos para cá, 
onde estamos concentradas, e 
temos a expectativa de receber a presença de 
nossa presidenta, Dilma Rousseff, que virá 
responder sobre os pontos da nossa plataforma de 
reivindicações. 
  
-Como foi feito o processo prévio de negociação 
com o governo? 
-Durante os últimos 30 dias nos reunimos com 
todos os Ministérios envolvidos em nossas 
reivindicações, e através deles fizemos chegar 
até a presidenta Dilma quase 200 pontos 
reivindicatórios, na esperança de serem 
considerados no momento da elaboração das 
políticas públicas para a agricultura e as 
mulheres rurais nestes próximos quatro anos de 
governo. 
  
Estamos aqui não só para comemorar a eleição de 
uma Presidenta mulher pela primeira vez no 
Brasil, mas principalmente para trazer a ela as 
nossas reivindicações e orientações sobre quais 
políticas são as necessárias para as mulheres do 
campo. 
  
-Há uma grande presença internacional aí... 
-Sim, temos uma grande delegação da Rel-UITA,
também da Coordenação de Organizações de 
Produtores familiares do MERCOSUL (COPROFAM) 
e da Rede de Mulheres Rurais da América Latina e 
o Caribe (REDE LAC). É muito importante 
para nós podermos receber a experiência das 
mulheres latino-americanas, trabalhadoras da 
cidade e do campo, e que elas tenham a 
experiência de participar nesta grande Marcha 
das Margaridas 2011. 
  
Temos muitas reivindicações em comum com as 
mulheres da América Latina, como o 
combate à violência contra as mulheres, a luta 
pelo acesso à terra, à saúde e à educação, entre 
outras.
 
  
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