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     Brasil 

 

Com Artur Bueno de Camargo

Negociações travadas

com o Grupo Minerva

    
Os trabalhadores do terceiro maior frigorífico do Brasil, localizado na cidade de Barretos, exigem melhores salários, participação nos lucros e resultados, mas, acima de tudo, querem negociar coletivamente com todo o estado de São Paulo. Sirel conversou com Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação (CNTA), que explicou os motivos do impasse na negociação.
 

-Quais são as reivindicações dos trabalhadores?

-Os trabalhadores e trabalhadoras do frigorífico estão exigindo aumentos no salário e no valor da cesta básica, além da elevação do piso salarial, que é o mais baixo da categoria no país.

 
Esta situação ocorre, principalmente, porque o
Grupo Minerva não aceita participar da negociação coletiva em nível estadual, o que levou os seus trabalhadores a não receberem os benefícios obtidos pelos outros trabalhadores do setor. Além disso, a empresa se recusa a pagar a participação nos lucros e resultados (PLR).

 

Neste contexto, o STIA de Barretos chamou a CNTA e a Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação (FTIA) para mediar as negociações com a empresa; depois de um impasse, onde não se conseguia avançar, convocamos para uma grande manifestação em frente da fábrica do frigorífico, em 11 de janeiro passado, a qual contou com a participação dos trabalhadores e de suas famílias, como forma de pressionar a companhia.

  
-Qual foi o impacto desta medida?

-Depois desta manifestação, conseguimos avançar em alguns aspectos. A companhia concordou em aumentar a cesta básica, ofereceu um aumento de 13 por cento no piso salarial e de 6,5 por cento no salário de todos os trabalhadores. Mesmo assim, com essa melhora na sua proposta inicial, o Grupo Minerva oferece benefícios bem inferiores aos das demais empresas do setor no estado.

 
-Quais foram os pontos que ficaram pendentes?

-Continuamos negociando a participação nos lucros e resultados, isto é, exigimos que a empresa implemente imediatamente o sistema de PLR e, além disso, queremos que o Grupo Minerva assine um acordo constando que, a partir de maio deste ano, a empresa participará das negociações coletivas em todo o estado de São Paulo.

  
Atualmente, essas questões estão sendo consideradas pela empresa que ainda não se manifestou. Estamos aguardando uma resposta que, de acordo com porta-vozes do frigorífico, chegaria em breve.


-O que acontecerá se não aceitarem estas exigências?

-O mais importante para o Sindicato é fazer com que Minerva se una a uma negociação estadual. Se a empresa não aceitar este ponto, será difícil chegar a um acordo.


Esperaremos até a semana que vem. Se não houver resposta, retomaremos as mobilizações.

Representantes da CNTA, FTIA-SP e do Sindicato Alimentação de Barreto

Em Montevidéu, Amalia Antúnez

Rel-UITA

25 de janeiro de 2011

 

 

 

 

Fotos: CNTA

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