O setor leiteiro, um programa de desenvolvimento e participação

dos trabalhadores


Uma numerosa delegação da ATILRA, representando os trabalhadores leiteiros da Argentina, participou da apresentação pública do Projeto do Programa de Trabalho da Subsecretaria de Laticínios. A atividade foi realizada na quinta-feira passada, dia 18, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca.

 
As palavras de boas-vindas estiveram a cargo do vice-ministro da Agricultura, Lorenzo Basso. "A meta do governo é deixar não só um ministério organizado, mas também que cada setor tenha um Plano. No setor lácteo existe o PEL (Plano Estratégico da Cadeia Láctea Argentina 2020); há necessidade de revisá-lo e gerar um novo Plano que incorporará outras variantes. Este Plano deve contar com a participação de todos os setores, e vocês (ATILRA) têm de estar envolvidos nessas decisões", afirmou o vice-ministro.

 

Arturo Jorge Videla, subsecretário de Laticínios, observou que o Projeto do Programa de Trabalho da Subsecretaria de Laticínios “define quatro eixos para a realização da política leiteira da nossa Subsecretaria. Este projeto está sendo apresentado no Conselho Federal de Laticínios, integrado pelas principais províncias e respectivas autoridades, para as quais o trabalho foi apresentado e com quem estamos interagindo. O ator principal, que é o grande  beneficiário deste trabalho, é o produtor de leite, principalmente os pequenos e médios produtores, especialmente se for levado em conta que muitos deles desenvolvem a atividade em terras arrendadas. Nós acreditamos que é fundamental definir políticas e obter decisões políticas para dar apoio a esses produtores, que são os que irão garantir a produção e os postos de trabalho da indústria de laticínios e do setor  lácteo”.

 
Videla também afirmou que, entre os objetivos do Plano, está não só proteger os postos de trabalho, mas também ampliá-los. Ele afirmou, ainda, que "o Plano precisa da maior articulação possível, bem como de definições políticas que permitam reposicionar o setor visando o médio e o longo prazo e que, fundamentalmente, garanta a existência dos pequenos e médios produtores, a produção propriamente dita, os postos de trabalho, com uma indústria forte, competitiva, não só para desenvolver o pleno abastecimento do mercado interno, mas também que seja, além disso, um jogador de peso no mercado internacional", enfatizou.


A apresentação do Projeto do Programa de Trabalho da Subsecretaria de Laticínios ficou a cargo de Roberto Enrique Socin, diretor nacional de Planificação Estratégica do Setor.


No relatório, a Subsecretária de Laticínios reconheceu que o setor experimentou um forte processo de concentração, como acontece em muitos outros países, e uma perda alarmante do número de produtores. 
"Há 20 anos, na Argentina havia cerca de 50 mil unidades de ordenha, que atualmente caíram para cerca de 10 ou 11 mil unidades", disse Socin.

 

"Apesar desta situação, a atividade leiteira ocupa o sexto lugar na geração de mão-de-obra e é a quarta atividade de melhor redistribuição de renda", acrescentou.

Ele também salientou que o setor lácteo é uma atividade que implica a radicação das pessoas no campo, o que não acontece com a soja. "Onde há atividade leiteira, há pessoas, há populações", comentou.

 

Hector Ponce, secretário-geral da ATILRA, enfatizou o compromisso do Ministério de envolver todos os atores no projeto do Plano. "A sustentabilidade deste plano dependerá da participação e do compromisso de todos aqueles que fazem parte do setor lácteo, e este plano deve ir além de uma aspiração de governo para se transformar em uma política de Estado", enfatizou.

 
Por último, o Subsecretário de Laticínios aceitou participar como palestrante e divulgar o perfil do seu Programa de Trabalho na Conferência Internacional do Setor Lácteo da UITA, que acontecerá em Buenos Aires e Sunchales, de 9 a 12 de março.

 

Em Buenos Aires, Gerardo Iglesias

Rel-UITA

22 de fevereiro de 2010

 

 

 

 

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