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Os produtores de Santa Catarina tentarão renegociar, no 
dia 10 de dezembro, melhores preços com as empresas de 
laticínios. Querem evitar mais uma série de 
manifestações no estado. Esse foi um dos  
encaminhamentos da última reunião da Comissão Setorial 
do Leite. O encontro ocorreu no dia 11 de novembro na 
Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Santa 
Catarina (Fetaesc). 
  
O presidente da Fetaesc, Hilário Gottselig, 
afirma que as negociações diretas e permanentes com as 
indústrias foram retomadas. "Também queremos retomar a 
Câmara Setorial do Leite no estado para contrapor ao 
Conselho Estadual do Leite, que serve de amortecedor 
para a indústria", afirma. 
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O Estado de Santa Catarina tem 
aproximadamente 82 mil produtores. O 
prejuízo no setor durante esse período já 
chega a R$ 50 milhões |  
  
Outra 
exigência do setor é que as empresas cubram pelo menos o 
valor de custo de produção, que é de R$ 0,47 o litro.
Hoje, o produtor recebe apenas R$ 0,30. 
Segundo Gottselig, a comissão definiu também um 
novo modelo de produção. "Não 
adianta a gente imaginar que competirá na agricultura 
familiar produzindo leite com alto processo tecnológico. 
O nosso leite para dar resultado tem que ser no pasto, 
porque se economiza em ração", 
diz. 
  
O Estado de Santa Catarina tem aproximadamente 82 mil 
produtores. O prejuízo no setor durante esse período já 
chega a R$ 50 milhões. 
O produtor 
da cidade de Mafra, Ricieri Sigolin, já amarga uma perda 
mensal de R$ 2 mil. 
Para ele, a perda deve ser dividida entre toda a cadeia. 
"Algumas empresas tiram a quantia delas e com a sobra 
pagam a gente. Não é justo! Quando a crise vem, as 
empresas também têm que perder uma parte", finaliza.
 
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