Espanha
      
      
      Os 
      trabalhadores de Altadis
      
      
      entregam as 120.000 assinaturas recolhidas
      
      
      Os trabalhadores da fábrica de Altadis em Sevilha se 
      reunirão hoje com o ministro de Trabalho e Assuntos Sociais, Eduardo 
      Zaplana para entregar-lhe as mais de 120.000 assinaturas de apoio contra o 
      fechamento da fábrica em Sevilha e para pedir-lhe que não aceite o projeto 
      industrial nem o expediente de regulamentação de emprego anunciado pela 
      direção da empresa.
      
      O secretário geral de CC.OO-Sevilha, Rafael Fernández Serra, considera que 
      na entrega das assinaturas a Zaplana, a intenção do comitê de empresa de 
      Altadis Sevilha é pedir-lhe que "nenhum projeto industrial sobre o 
      fechamento de emprego pode manter-se, e demandar ao Governo que retire seu 
      projeto industrial. Terá que haver um processo de negociação claro sem 
      perda de emprego e sem fechamento de centros de trabalho; sobre a mesa vai 
      ter amanhã milhares de assinaturas para que a fábrica de fumo mais 
      antiga do mundo não se feche", sentenciou.
      
      
      Fonte:
      
      XUNTA.NET - Serviço de 
      Notícias oferecido por Europa Press e Ran Internet 
      
      
      6 Nov 2003 
       
       
      
      
      Sevilha
      
      
      
      As 
      tradições das cigarreiras
      
      O passado 
      15 de setembro os trabalhadores de Altadis do Estado espanhol e França 
      protagonizaram uma greve com êxito contra o fechamento de 7 fábricas da 
      citada transnacional. Entre 12 y 15 mil trabalhadores e jovens saíram à 
      rua para derrotar os planos da empresa que, na medida que incrementa seus 
      lucros (entre 8 e 10 por cento cada ano), tenta reduzir o quadro e 
      destruir postos de trabalho presentes e futuros. 
      
       
      
      Faz cem 
      anos soia dizer-se em Sevilha que nenhuma luta operária triunfaria sem a 
      implicância das cigarreiras. Estas trabalhadoras chegaram a ser até 5 mil, 
      bem organizadas, combativas e politizadas. Muitas eram mães solteiras e 
      economicamente independentes. Suas primeiras greves entre 1835 e 1875 para 
      melhorar as duras condições de trabalho se situam entre as mais 
      importantes das mulheres trabalhadoras do país. Dois séculos depois mais 
      de 120 mil assinaturas e uma manifestação massiva demonstram sua 
      capacidade de mobilização. Josefa Medrano (presidenta do Comitê de Empresa 
      de Sevilha- CC.OO), o repetiu muito claramente no comício do 15 de 
      setembro último: “a luta das mulheres cotovelo com cotovelo com seus 
      companheiros trabalhadores, a unidade do movimento operário na luta, é a 
      razão de nossa força. Quando em julho a empresa nos comunicou o fechamento 
      estávamos desesperadas, não podíamos nem dormir à noite. Mas começamos a 
      recolher dados, nos reunimos em assembléia para analisa-los e vimos que 
      tínhamos razão: a empresa não tem nenhuma justificativa para seu plano. 
      Isso nos deu confiança para começar a luta…” 
      
      
      Fonte: El Militante, Autor: Francisco R. Carvete
      
      
      Data: 10 Out. 2003