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O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias 
da Alimentação (STIA - Córdoba) permanece 
mobilizado em busca de melhorias salariais 
para os trabalhadores e trabalhadoras do 
Grupo Arcor. Sirel dialogou com Héctor 
Morcillo, secretário-geral do STIA, para 
saber quais as ações que estão sendo feitas 
e as perspectivas para uma solução 
negociada.  
-Quando e por que o conflito na ARCOR 
começou?
 
-No início de setembro apresentamos à 
empresa uma proposta de aumento salarial, já 
que o salário real dos trabalhadores e 
trabalhadoras foi afetado pelo aumento do 
custo de vida. Desde então, tivemos três 
reuniões com a empresa sem nenhum progresso 
e, por isso, começamos as mobilizações.
 
  
-Quanto os trabalhadores pedem de aumento?
 
-Ainda 
não manejamos valores porque a ARCOR 
se nega a dar um aumento salarial real, e 
insiste em oferecer gratificações e prêmios 
que não contemplam  as realidades das várias 
filiais da transnacional no país, nem a 
situação econômica dos trabalhadores. 
Estamos dispostos a dialogar para chegar a 
um acordo benéfico para todos.  
  
Em que nível está a situação agora? 
-Atualmente, estão ocorrendo mobilizações em 
diversos lugares, pelas principais ruas e 
avenidas de Córdoba, com cartazes e 
panfletos para a divulgação da situação de 
conflito, através das principais redes de 
supermercados.
 
  
Também foram realizadas manifestações nos 
arredores dos escritórios da ARCOR, 
em Córdoba, nos semáforos, quando o trânsito 
fica momentaneamente parado, os companheiros 
se colocam à frente dos carros com um cartaz 
que tem o slogan da campanha salarial 
"ARCOR
pode pagar melhores salários, 
mas não quer". 
Em muitas destas manifestações, os 
trabalhadores foram cercados pela polícia, 
felizmente não houve incidentes.
 
  
Como você vê o panorama futuro?
 
-Está 
prevista uma reunião para estes dias com a 
empresa, para buscar um acordo através de um 
diálogo direto. A ARCOR se comunicou 
com algumas filiais para tentar uma 
aproximação e esperamos que, com a 
negociação, eles melhorem a sua proposta 
inicial. Por enquanto, vamos continuar 
vigilantes e mobilizados.
 
  
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