Brasil

¡No a la Enmienda 3!

CONTRACS repudia parlamentares que apóiam a emenda 3 e estão contra o trabalhador

   
 
 
 

 

Não à Emenda 3!

 

“- Mãos ao alto! É um assalto!

 

- Calma, por favor, eu tenho uns reais na carteira ... Vou te dar!

 

- Não! Eu não quero dinheiro, nem relógio, quero seus direitos trabalhistas, me passa aí: registro em carteira, 13° salário, FGTS, férias, vale-transporte e vale-refeição, no mínimo.”

 

Essa é a Emenda 3. Um assalto à classe trabalhadora. Um assalto à carteira assinada, direito pelo qual o movimento sindical, os trabalhadores e a sociedade lutou e luta. No entanto, alguns parlamentares insistem em defender a famigerada Emenda 3.

 

A CONTRACS, participando do esforço conjunto da CUT e entidades filiadas pela manutenção do veto do presidente Lula à Emenda 3, encaminhou diversos e-mails a deputados e senadores, esclarecendo os terríveis impactos da Emenda 3 e solicitando apoio dos parlamentares.

 

Diversos parlamentares responderam às correspondências da CONTRACS apoiando o veto presidencial à Emenda 3, mas os deputados Max Rosenmann e Armando Monteiro Neto afirmaram em letras graúdas seu apoio total e irrestrito à Emenda 3. E mais do que isso, o deputado federal Max Rosenmann, do PMDB do Paraná, apóia a Emenda 3 e deixa claro em sua justificativa que considera essencial para o país os processos de terceirização e as chamadas ‘empresas de uma pessoa só’ (PJs). Armando Monteiro Neto, deputado federal pelo PTB de Pernambuco, presidente da Confederação Nacional da Indústria também defende a Emenda 3 apoiando os mesmos pontos do colega Max. Ambos criticam o movimento sindical brasileiro, porque segundo eles, as entidades sindicais desinformam a sociedade.

 

“Apoiar a terceirização é apoiar a precarização das relações trabalhistas, do trabalho propriamente dito e a precarização de toda a vida dos trabalhadores. Trabalhadores terceirizados tem salários menores, muitas vezes enfrentam situações precárias de trabalho”, explica Djalma Sutero, Secretário de Políticas Sindicais da CONTRACS e membro do Grupo de Trabalho (GT) da CUT que discute a terceirização.

 

Para Lucilene Binsfeld, presidente da CONTRACS/CUT, “as PJs (Pessoas Jurídicas), conhecidas como empresas de uma pessoa só, são aberrações neoliberais que parlamentares e cidadãos como os deputados Max e Armando permitiram que fossem criadas”.

 

Estudos do Dieese mostram que a remuneração de um trabalhador com carteira assinada é muito superior à de um PJ. Quando um trabalhador é obrigado pelo mercado de trabalho a abrir uma firma ele tem que arcar sozinho com responsabilidades que o trabalhador com carteira assinada não tem.

 

A terceirização e as Pessoas Jurídicas criam, é bom lembrar, diferenciações para trabalhadores que executam a mesma atividade, que tem o mesmo horário e trabalham para a mesma empresa.

 

Em muitas empresas há trabalhadores com registro em carteira, contratados diretamente pela instituição; há trabalhadores PJs, que cumprem o mesmo horário de trabalho do registrado, tem a mesma chefia, mas que ganham muito menos e não tem direitos porque emitem nota fiscal como empresa, sem ser empresa. E há ainda os trabalhadores terceirizados, empregados por uma outra empresa que presta serviços para a primeira. Todos convivem no mesmo espaço, trabalham para a mesma empresa, mas são tratados, remunerados e têm direitos diferentes.

 

“Será que é isso que o deputado chama de crescimento econômico? Desde quando precarização se transformou em modernidade? Ah, sim, no dicionário dos neoliberais modernidade é extinguir direitos tão duramente conquistados, acabar com 13° salário, com as férias dos trabalhadores que passam um ano inteiro trabalhando loucamente, fazendo horas-extras que não são pagas, porque pessoas como o deputado também criaram o banco.

 

CONTRACS/CUT

5 de junho de 2007

 

 

 

 Rel-UITA

5 de junio de 2007

Ilustración: CUT

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