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Hoje, 5 de dezembro, as Centrais 
Sindicais do Brasil realizarão a “ 4ª 
Marcha da Classe Trabalhadora” que 
começou às 7 da manhã e chegará à 
Esplanada dos Ministérios, parando em 
frente à sede do Ministério do Trabalho 
e Previdência Social e do Ministério da 
Saúde. Participarão a CUT, Força 
Sindical, CGTB, Nova Central Sindical, e 
também UGT. Sirel conversou com Arthur 
Bueno de Camargo, presidente da 
Confederação Nacional de Trabalhadores 
da Alimentação (CNTA), e com Moacyr 
Roberto Tesch, presidente da 
Confederação Nacional dos Trabalhadores 
do Turismo e da Hospitalidade (CONTRATUH).  
  
  
Ambos os dirigentes 
concordaram com o fato de ser positiva a 
unificação do movimento sindical 
brasileiro, ao mesmo tempo em que 
analisaram os objetivos desta quarta 
mobilização das Centrais. 
  
Na opinião de Artur Bueno “a 
convocação de hoje unifica várias 
centrais sindicais e os 
principais pontos que reivindica são a 
redução da jornada de trabalho, mais 
emprego e de melhor qualidade e a 
criação de políticas públicas que visem 
melhorar o sistema de Previdência Social. 
A CNTA participa como convidada e 
o setor da alimentação convocou 
aproximadamente 500 trabalhadores e 
trabalhadoras, provenientes de todo o 
país.” 
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Artur Bueno de 
Camargo  
e
Moacyr Roberto 
Tesch  | 
 
 
 
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Para Moacyr Tesch, “esta Marcha é 
muito positiva. A posição das centrais de 
trabalhar conjuntamente em algumas 
atividades como esta, favorece 
principalmente os trabalhadores e também o 
país. Quando se confecciona uma agenda 
única, uma proposta unificada, é mais fácil 
trabalhar sobre as reivindicações e levá-las 
ao governo. Por outro lado,  marca a 
maturidade do movimento sindical brasileiro, 
o reconhecimento das centrais sindicais, o 
que só aconteceu após 25 anos de existência 
de fato, mas não de direito. Esta semana, o 
reconhecimento das centrais foi conseguido 
no Senado, e antes do final do ano a lei que 
as reconhece chegará à presidência para que 
seja sancionada. Nesta instância, da mesma 
forma que na mobilização de amanhã, tanto 
Confederações como Centrais Sindicais 
trabalharam unidas.” 
  
Esta 
mobilização tem como principais 
reivindicações a redução da jornada de 
trabalho para 40 horas semanais e a 
limitação de horas extras, como forma de 
gerar mais empregos formais.
 
Mais e melhores empregos, já que existe um 
alto índice de trabalho informal no país e, 
além disso, reivindica a defesa da 
seguridade social e o fortalecimento das 
políticas públicas. 
  
“Em edições anteriores, o movimento sindical 
propôs temas como o aumento do salário 
mínimo, o imposto de renda entre outros, 
estes objetivos já foram alcançados, agora 
esta quarta edição está reivindicando a 
redução da jornada de trabalho e o 
fortalecimento da seguridade social e das 
políticas públicas”, ressaltou Moacyr. 
  
O presidente da CNTA, por sua vez, 
acrescentou que “o principal objetivo desta 
mobilização é mostrar ao Congresso Nacional 
e ao Poder Executivo, a necessidade de 
debater estes temas, colocá-los na agenda 
política para levar a cabo sua 
implementação.” 
  
Os organizadores estimam que participem mais 
de 35.000 trabalhadores e trabalhadoras, que 
marcharão pelas ruas de Brasília, até 
chegar à esplanada dos Ministérios. 
  
“Nossa Confederação, a CONTRATUH 
-anunciou Moacyr- participará com 
aproximadamente 400 pessoas e a Nova 
Central Sindical nucleará ao redor de 
5.000 trabalhadores e trabalhadoras de todo 
o país. Está previsto, também, que alguns 
Ministros subam à tribuna para receber 
nossas reivindicações. Às 15:00 horas está 
marcada uma reunião com o Presidente da 
República, a quem levaremos as nossas 
propostas para, desta forma, dar andamento 
às nossas reivindicações”, concluiu o 
presidente da Confederação. 
  
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