Brasil

Trabalhadores pressionam e a empresa Sadia volta a negociar melhores condições de trabalho

 


Após muitas reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação e Afins de Uberlândia (MG), a empresa Sadia S.A, aceitou reabrir negociação com os mais de 5.500 funcionários, que estão desde o dia 17 de novembro em estado de greve - em que os trabalhadores podem paralisar suas atividades a qualquer momento. Eles reivindicam melhores salários e diminuição na carga horária de trabalho, que é de 44 horas semanais.

Depois de reaberta e negociação, o presidente do sindicato, Humberto Barros Ferreira, explica que a empresa ainda continua apresentando propostas que não atendem às demandas dos trabalhadores e das trabalhadoras.

"O que nós esperamos é que a empresa realmente queira reabrir as negociações. Nós temos uma reivindicação de 5% de reajuste salarial e 12 cestas básicas no valor de R$ 50,00. A proposta da empresa é de 3,5% de reajuste no salário e seis cestas básicas no valor de R$ 35,00. Queremos avançar no que diz respeito de beneficio ao trabalhador, não dá pra pensar somente em fechar o acordo só por fechar, devemos conquistar esses avanços para o bem do trabalhador".

Depois de receber denúncias dos funcionários que estavam sofrendo pressões e foram obrigados a aceitar uma proposta de acordo coletiva, a Justiça do Trabalho de Uberlândia decidiu emitir uma Ação Civil Pública que proíbe a Sadia de praticar qualquer ato de repressão contra seus funcionários. Se isso acontecer, a empresa poderá pagar uma multa de R$ 50 mil, por cada ato de infração. A empresa ainda será processada por dezenas de trabalhadores que foram demitidos injustamente.

O presidente comenta ainda que a pressão dos trabalhadores e das trabalhadoras sobre a empresa continua e que todas as propostas apresentadas são decididas coletivamente entre os funcionários.


Danilo Augusto

Agência Notícias do Planalto
7 de dezembro de 2006

Ilustración: Rel-UITA

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