-Por que você
tinha se filiado ao sindicato patronal?
-Eu não sabia
que estava me filiando, porque me deram uma folha e me disseram que
assinasse sem que me deixassem ler.
-Quem fez você
assinar essa folha?
-A secretária
geral do sindicato patronal, Miriam Cruz Álvarez que, além disso, é a
chefe do Laboratório da CALVO.
-Você foi
ameaçada para se filiar?
-Fui. Eles me disseram muitas coisas como,
por exemplo, que se não assinarmos podemos ser despedidos. Prometeram muitas
coisas que depois não cumpriram. Isso aconteceu com todas as companheiras e
aos companheiros que estão filiados a esse sindicato patronal.
-Você foi uma
das pessoas que viajaram a San Salvador para entregar sua carta de renúncia.
Como você se sentiu?
-Para mim foi
muito bom, fomos muito bem atendidos. As autoridades da empresa ainda não
sabem, mas logo vão ficar sabendo e esperemos que tudo volte ao normal.
Algumas companheiras me criticaram, mas elas têm medo. Logo elas irão
compreender.
-Por que você
resolveu trocar de sindicato, indo para o SGTIPAC?
-Porque no
outro sindicato eles nos fazem assinar coisas sem saber para que é e, além
disso, nunca defendiam os nossos interesses como trabalhadoras. Deixavam que
os gerentes fizessem o que quisessem ali dentro. E também porque eu vi que o
SGTIPAC trabalha melhor e pela ajuda e apoio que recebemos.