Brasil
A FEMSA atrapalha a negociação
coletiva em Limeira (SP) |
Depois de ter introduzido uma forte
terceirização na distribuidora de
Cosmópolis, a empresa pretende fazer um
convênio menos favorável comparado ao
estipulado com os trabalhadores da fábrica
industrial.
O presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores das Indústrias de Alimentação
e Afins (CNTA), Artur Bueno de
Camargo, informou ao Sirel que,
como estava previsto, no dia 1º de março
passado foi retomada a negociação com a
empresa FEMSA - Coca-cola para a
fábrica de Jundiaí. “Eles só fizeram
uma proposta em julho, segundo a qual os
salários aumentam 6 por cento, são pagos 200
reais de abono (US$ 122) e foi eliminado o
banco de horas, uma antiga reivindicação
nossa”.
Historicamente, os acordos alcançados em
Jundiaí são estendidos à distribuidora
da empresa localizada na cidade de
Cosmópolis, onde está situada uma base
do Sindicato de Trabalhadores da Alimentação
de Limeira. Nesta oportunidade, no
entanto, a empresa se nega a estendê-los,
pretendendo manter o banco de horas, além de
não concordar com o abono de 200 reais.
“Ontem fizemos uma assembléia na porta da
empresa em Cosmópolis -relata
Artur-, na qual os trabalhadores
aprovaram a moção que reivindicava que a
FEMSA oferecesse a eles a mesma proposta
de Jundiaí. Desta forma, hoje estamos
notificando a companhia sobre esta posição
dos trabalhadores, e continuaremos lutando
para que os acordos históricos sejam
respeitados”.
Se depois de notificada oficialmente sobre
a reivindicação dos trabalhadores de
Cosmópolis, a empresa não aplicar os
acordos de Jundiaí, o sindicato
“tomará outras medidas como recorrer à
Oficina Regional de Trabalho e, se ainda
persistir na negativa, recorreremos ao
Tribunal Regional do Trabalho”, anunciou
Artur Bueno.