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República Dominicana

Enérgica reação dos trabalhadores

diante das demissões na Nestlé

 

A ardilosa demissão de onze trabalhadores da fábrica de Sorvetes Nestlé de Santo Domingo provocou uma forte reação não só dos sindicatos de outras fábricas da multinacional na República Dominicana, mas também de organizações do setor da alimentação. A primeira mobilização foi um piquete na porta da fábrica de sorvetes ocorrido na sexta-feira passada, dia 16, e ocorrerão outras em oposição à anunciada redução geral de pessoal da Nestlé. Sirel dialogou com vários dos companheiros que estavam participando dessa manifestação

 

 

Sergido Castillo , secretário de Conflitos do Sindicato da Nestlé de San Cristóbal e integrante do Comitê Executivo Latino-Americano da Rel-UITA, relatou que um grupo de mais de 100 pessoas se encontrava diante da fábrica de sorvetes da Nestlé em Santo Domingo. “Estamos apresentando o nosso protesto contra o abuso que a multinacional acaba de cometer ao despedir onze trabalhadores –explicou-, todos prejudicados pela tormenta tropical Noel que deixou milhares de dominicanos sem nada, milhares de desabrigados e ainda centenas de milhares de isolados pelas inundações e pelos danos nas estradas e caminhos, ainda mais quando nos aproximamos das tradicionais festas de Natal, tão profundamente sentidas pelas famílias”.

 

Castillo anunciou que “Isto é o início de uma grande mobilização que estaremos implementando, porque a Nestlé vive abusando dos trabalhadores, especialmente nesta fábrica de sorvetes. Os Sindicatos de Trabalhadores de San Cristóbal, junto ao qual estamos fazendo ato de presença nesta jornada de solidariedade, o Sindicato de Trabalhadores de San Francisco de Macoris, assim como os companheiros do Sindicato de Trabalhadores da Unilever Caribe (SITRAUC) e do Sindicato Autônomo de Trabalhadores da Sociedade Industrial Dominicana  (SATRASID), estão dizendo ‘Não às demissões’, e exigindo a imediata reintegração dos onze dispensados”.

Sergido Castillo y Flaudio Tapia
haciendo lectura de la proclama

 

Por outro lado, Ramón Durán, secretário de Reivindicações e Conflitos do Sindicato da Nestlé de San Francisco de Macoris, informou que “Estamos protestando aqui em apoio solidário aos companheiros desta fábrica de sorvetes Nestlé, que foram vilmente demitidos pela gerência, violentando o Código do Trabalho e, por isso, estas demissões, além de abusivas, são ilegais. Igualmente, o próprio Convênio Coletivo estabelece que uma medida com estas características deve ser previamente discutida com o sindicato que é o representante dos trabalhadores, o que não aconteceu nesta oportunidade e, além disso, a empresa atuou de forma enganosa. Isto não se perdoa de uma companhia que se orgulha de ser a primeira no mundo no seu ramo e que deveria respeitar as leis de cada país onde trabalha”.

 

Em diálogo com Sirel, Bernabel Matos, secretário de Educação para o Caribe da Rel-UITA, informou que “A empresa anunciou que quer realizar uma reunião com os sindicatos, mas nós já sabemos que se trata de pura formalidade, para poder dizer que estão dialogando com os trabalhadores quando, na realidade, o que a empresa propõe é um diálogo de surdos. De fato, o Sindicato denunciou que a empresa está oferecendo aos demitidos um salário e meio acima do legalmente devido, para que assinem a demissão”.

A Federação Nacional dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação, Hotéis, Bebidas e Tabaco (FENTIAHBETA) convocou uma reunião urgente para a tarde de hoje, segunda 19, com o objetivo de analisar a ameaça da Nestlé de implementar uma redução geral de pessoal em todo o país e de estabelecer um Plano de Ação para enfrentar esta situação. Ao mesmo tempo, está sendo ajustada uma audiência com o Ministro do Trabalho, José Ramón Fadul, para expor-lhe os detalhes da situação e solicitar sua intervenção no conflito.

 

 

Carlos Amorín

© Rel-UITA

19 de novembro de 2007

 

 

 

 

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