4 de
dezembro
Dia de ação contra a destruição
do emprego na Unilever
No dia 2 de agosto, a Unilever
anunciou para a comunidade financeira sua intenção de cortar, durante os
próximos três anos, 20.000 postos de trabalho em todo o mundo, com o
fechamento de 60 fábricas. Atualmente, a medida afeta principalmente as
fábricas européias
Pressionada
pelos acionistas e pelas agências classificadoras, nos últimos 7 anos a
Unilever
fechou ou vendeu mais de 125 fábricas, reduzindo pela metade o pessoal
mundial, em uma cifra de 179.000. Nestes anos, as utilidades cresceram cada
vez mais.
A
terceirização sistemática conduziu a uma eliminação de empregos permanentes
na Unilever
em muitas partes do mundo e na criação de enormes complexos de trabalho
precário. Atualmente, a
Unilever
está disposta a aumentar a terceirização de 15% para 25%. Muitos
trabalhadores e trabalhadoras que produzem para a
Unilever
foram empregados com contratos "temporários" renováveis por mais de uma
década.
Mediante o
saque de seus próprios recursos, a gerência da
Unilever atribuiu a si própria bonificações e recomprou ações com dinheiro vivo
obtido da supressão de empregos e da terceirização. Esse dinheiro em
espécie, liberado por meio das reestruturações, será usado para financiar
dividendos e para recomprar ações em um valor de 25 a 30 bilhões de euros.
Não será investido no futuro da companhia em longo prazo.
Através dos
fechamentos, dos cortes de emprego, das terceirizações e das subcontratações,
a Unilever
está destruindo, em todo o mundo, o emprego e a subsistência, prejudicando
as comunidades e debilitando o poder coletivo dos sindicatos de
trabalhadores e trabalhadoras da
Unilever.
O exemplo do
projetado fechamento da fábrica de produtos pessoais da Unilever Andina
Colômbia, em Bogotá, mostra que os cortes anunciados não se
limitam à Europa, e que afetarão também a América Latina. Entretanto,
atualmente é a Europa que está na mira: entre 10.000 e 12.000 dos
cortes anunciados ocorrerão nessa região.
Na
terça-feira, 4 de dezembro, as organizações sindicais de trabalhadores e
trabalhadoras da
Unilever
na Europa realizarão uma jornada de ação com uma marcha de protesto e
uma assembléia pública em Rotterdam, Holanda. Simultaneamente,
e ao longo da semana, os sindicatos levarão a cabo ações nas fábricas da
Unilever
de toda a Europa. A Rel-UITA exorta os sindicatos filiados com
representação na
Unilever
a se solidarizarem com a medida tomada pelos sindicatos europeus.