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SEARA / CARGILL

radicaliza

  

Na última terça-feira dia 25 de julho o Sr. Aroldo M. Vieira, gerente de Relações Trabalhistas da Seara Cargill entrou em contato com o companheiro Sérgio Bolzan, presidente do Sindicato de Sidrolândia/MS e nesta ocasião o mesmo afirmou a Bolzan que a posição da empresa é de não se reunir com a Comissão Nacional dos Trabalhadores da Cargill. Outras empresas no princípio também não aceitaram reunir-se com a Comissão Nacional dos Sindicatos coordenados pela CONTAC, mas hoje reúnem normalmente e negociam tendo uma relação estável com os sindicatos, e assim conseguem ver resolvidos a maioria dos problemas.

 

Sempre fizeram isto

 

A Seara Cargill pressiona as Entidades Sindicais e não aceita negociar com a Comissão que representa todos os trabalhadores da Seara Cargill no Brasil.

 

Não é a primeira e não será a ultima

 

A Seara Cargill chama de baderna o ato do dia 21 de julho, que foi organizado pela CONTAC juntamente com o Sindicato de Sidrolândia/MS, FTIA/MS e a CUT/MS. O ato serviu para que os trabalhadores reivindicassem o fim das barbáries que a Seara Cargill vem cometendo como demitir por justa causa trabalhadores com LER/DORT, lesionados por não agüentarem o insuportável e intenso ritmo de trabalho nas nóreas. A Cargill também demitiu mulher grávida e trabalhadores que, ao não agüentarem as baixas temperaturas no ambiente de trabalho pararam para aquecer-se no sol do pátio da empresa. Além disto, a Cargill quer fugir de suas responsabilidades alegando suicídio e não acidente de trabalho a morte do indígena Marcos, que caiu no tanque de resfriamento de frangos (chiller) da unidade de Sidrolândia/MS.

 

Não vamos aceitar

 

Não vamos aceitar negociar separado, isto sempre foi feito e a Seara Cargill nunca cumpriu os acordos na parte das condições de trabalho, sentaremos todos juntos para buscar a solução de uma só vez, pois os problemas em todas as unidades no setor avícola da Seara Cargill no Brasil são iguais.

 

Legalidade das entidades

 

Não nos importamos quando a Seara Cargill diz que as entidades da CUT são baderneiras, o que nos importa é se os trabalhadores nos aceitam como seus representantes. Se defender mulheres grávidas, trabalhadores lesionados por LER/DORT, defender os trabalhadores do assédio moral praticado pela Seara Cargill entre outros é ser baderneiros, então somos com muito orgulho.

 

Assim não tem solução

 

Hoje, em uma economia globalizada o mercado regula tudo. Os relatórios sociais das empresas são muito importantes, pois é um diferencial na hora da venda dos produtos. No caso da Seara Cargill fica difícil para nós da CONTAC, ou para os sindicatos que possuem unidades da empresa na base, dar uma resposta positiva quando somos consultados pelos importadores nas questões relacionadas à responsabilidade social da empresa como nas questões com ambiente de trabalho, meio ambiente, relação com a sociedade e tratamento aos trabalhadores. Tudo isso é relacionado à empresa, e a mesma não quer discutir soluções para os graves problemas que tem o setor avícola. Não podemos mentir, pois somos representantes de trabalhadores, bem que gostaríamos dar boas notícias para quem nos consulta, mas assim fica difícil.

 

CONTAC

27 de julho de 2007

 

 

 

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Por Gerardo Iglesias

 

 

 

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