Representantes
de diferentes sindicatos entregaram panfletos e repassaram informações sobre o
problema. A ação marcou
o Dia Internacional de Combate e Conscientização às Lesões por Esforço
Repetitivo, chamadas de LER ou DORT.
Este tipo de lesão é a segunda principal causa de afastamento
de trabalhadores no Brasil. O Instituto Nacional de Seguridade Social
afastou do trabalho mais de 22 mil pessoas em 2007. Em comparação com 2006, o
número de casos aumentou 126 %. Só em janeiro deste ano mais de mil
trabalhadores que já estavam afastados continuaram sem poder exercer as
atividades profissionais.
A bancária Margarida da Silva sofre com o problema e
diz que as dores são terríveis. Ela relata que até o humor fica alterado.
Além das dores, quem enfrenta as lesões ainda precisa
conviver com outras limitações. Tarefas simples do cotidiano se transformam em
grandes desafios.
A bancária começou a sentir dores há vários anos, mas o
diagnóstico só foi feito em 2006.
Em 2006 ela foi afastada e ficou sem exercer atividades
profissionais até o ano passado. Em novembro foi feita uma nova perícia no
INSS e o médico atestou que Margarete poderia voltar ao trabalho. Ela
está na mesma função e continua sofrendo com as dores. De acordo com Ademir
Vidolin, dirigente do Sindicato dos Bancários, são comuns os casos de
retorno de trabalhadores que ainda não estão recuperados.
Para discutir esta e outras questões relacionadas aos
trabalhadores e ao INSS, as principais forças sindicais vão promover na
próxima terça-feira, às 10 no plenarinho da Assembléia Legislativa, uma
audiência pública sobre a saúde do trabalhador. Foram convidados representantes
do INSS, da Superintendência Regional do Trabalho, da Procuradoria
Regional do Trabalho e do Conselho Regional de Medicina
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