Cerimônia de assinatura do financiamento para o setor Agroalimentar

 

A Presidente da República e o secretário-geral da Associação dos Trabalhadores da Indústria Láctea (ATILRA) foram os oradores na cerimônia de assinatura de um convênio, no âmbito do Programa de Financiamento que beneficia os produtores de leite e de trigo, e os pecuaristas. A cerimônia aconteceu no dia 11 de janeiro passado, na sede central do Banco Nación.

 

Estiveram presentes à cerimônia altos funcionários do governo e tanto a Presidente da República como Héctor Ponce mencionaram em seus discursos a importância do setor lácteo, suas potencialidades e o acerto do Plano da Cadeia Láctea promovido pela Subsecretaria do Setor Lácteo.

 

Quase um ano atrás, em 18 de fevereiro de 2010, uma numerosa delegação de ATILRA participou da apresentação pública do Projeto Piloto do Programa de Trabalho da Subsecretaria do Setor Lácteo, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca.

 

Arturo Jorge Videla, subsecretário do Setor Lácteo, anunciou na época que o Programa foi concebido não apenas para proteger os atuais postos de trabalho, mas também para ampliá-los, e isso foi essencial para uma maior articulação entre os vários elos da cadeia láctea.

 

Ele também mencionou a necessidade de promover políticas que permitam reposicionar o setor com uma visão de médio e longo prazo, assegurando a sustentabilidade dos pequenos e médios produtores através de uma indústria forte, competitiva, que abasteça o mercado interno e que também seja um jogador de peso no mercado internacional.

 

Naquela oportunidade, Héctor Ponce definiu como acertada a política desenvolvida pelo Ministério, visando maximizar a participação de todos os atores interessados na concepção do Programa. "Porque a sustentabilidade deste Programa dependerá da participação e do compromisso de todos aqueles que fazem parte do setor leiteiro, garantindo que esta iniciativa transcenda a aspiração de um governo para se transformar em uma política de Estado", afirmou o dirigente.

 

Na cerimônia da assinatura do convênio no Banco Nación, o titular do Sindicato do Setor Lácteo reiterou: "Nem todos os governos se lembraram de alguns dos atores que formam rede produtiva do nosso país. Em muitas ocasiões, os trabalhadores têm sido deixados de lado. Também está claro - e é uma autocrítica que fazemos- que às vezes as representações sindicais não têm estado à altura das circunstâncias, não dão conta.

 

Sem deixar de lado o objetivo principal pelo qual nossos companheiros nos colocaram nestas funções -continuou Ponce- já faz tempo que estamos interagindo com todos os componentes da cadeia láctea, porque sabemos que ninguém se salvará sozinho, mas somente se o fizermos todos juntos", advertiu ele.

 

O Programa de Trabalho da Subsecretaria de Lácteos foi apresentado internacionalmente na Conferência Mundial do Setor Lácteo da UITA, realizada em Buenos Aires em março de 2010. Em setembro do mesmo ano, o Ministério aprovou o programa, com uma verba inicial de 12 milhões dólares para o exercício 2010, com o objetivo de apoiar os cluster ou pólos de desenvolvimento em diferentes regiões e áreas de interesse estratégico.

 

O fato é que, poucos meses após a implementação do Programa, estão sendo observados bons resultados, como destacou Ponce, em sua mensagem no Banco Nación: "Também queremos agradecer ao governo pelo apoio que nos deu para por em funcionamento as processadoras de leite que haviam sido fechadas, podendo assim recuperar empregos que tinham sido perdidos.

 

Estamos também trabalhando com a Subsecretaria em diversos programas de melhorias nas PME do setor lácteo, agregando valor à cadeia láctea e ministrando cursos de capacitação para os trabalhadores, enquanto são estabelecidas as bases para um registro de todos os processadores de lácteos do país.

 

Além disso, é importante reconhecer que está havendo uma situação positiva no setor lácteo com a liquidação única e o pagamento pela qualidade. Eu trabalhei muito tempo na produção primária, produção animal e economia agrária, e me lembro que há muito tempo os produtores estão lutando para obter estas ferramentas", disse Ponce.

 

Produzir mais e saber vender

 

Em seu discurso, a presidente Cristina Fernández de Kirchner destacou o papel desempenhado pelo Banco Nación na concessão de crédito para a produção, “onde tem um papel fundamental no financiamento das atividades produtivas e não de consumo.

 

O papel do Estado, que nós propiciamos, é muito ativo em matéria de políticas que visam à inclusão social, a criação de valor agregado", sentenciou.

 

Em outra parte de seu discurso, a Presidente fez referência ao setor lácteo: "Como mencionado pelo Senhor Secretário-Geral da ATILRA, entre todas as atividades agropecuárias, a leiteira é a que demanda mais tempo, mais sacrifício, porque são 365 dias por ano, 24 horas por dia.

 

É uma atividade muito importante e nós lhe demos o lugar que merecia. A verdade é que nós estamos muito felizes, porque embora tenhamos passado momentos difíceis, 2010 foi um ano muito bom para o setor".

 

Perto do final do seu discurso, Cristina Fernández lembrou as pressões enfrentadas pelo setor lácteo: "Passamos por momentos difíceis, quando demos aquele subsídio de 500 milhões de pesos. Eu me lembro que foi tão importante para ajudar a todo o setor e para seguir crescendo, conquistar mercados, mais produção e maior valor agregado.

 

Posso lhes garantir que o mundo está esperando por nós. Querem os nossos produtos. A criação destes cinco novos Escritórios Agroindustriais, um a mais na China, outro na Rússia, Arábia Saudita, e em Pretoria (África do Sul) e no Panamá vão expandir o acesso a mercados muito importantes.

 

Eu sempre digo ao nosso Chanceler que esta Secretaria tem que vender os nossos produtos e defender aqueles que produzem e trabalham na República Argentina. E, aliás, podemos fazer isto com orgulho porque, quando vendemos alguma coisa, não oferecemos gato por lebre, pelo contrário, todos os produtos que nós exportamos têm uma altíssima qualidade, reconhecida mundialmente".