Sirel conversou com Artur Bueno de
Camargo, presidente da Confederação
Nacional de Trabalhadores da Alimentação
(CNTA), e com Moacyr Roberto Tesch,
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Turismo e da
Hospitalidade (CONTRATUH) para avaliar
esta importante mobilização que reuniu
trabalhadores de todas as centrais
sindicais do Brasil.
Para o presidente da CONTRATUH, a
mobilização foi excelente, pois
“participaram mais de 30.000 pessoas de
todas as Centrais. Um dos fatos mais
relevantes foi que o presidente da
Câmara, recebeu nossa proposta no alto
da tribuna que estava em frente ao
Congresso. Também é muito relevante o
fato do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva ter recebido a todos os
representantes das diferentes centrais
sindicais. Isto marcou um importante
momento político já que ficou o
compromisso de viabilizar, com a bancada
de governo, a lei que reconhece as
centrais”.
“Outro ponto importante -destacou
Moacyr- da jornada passada foi o
começo da Oficina de Trabalho da
CONTRATUH, onde estão participando
cerca de 350 pessoas e onde ocorreu a
passagem de comando da nossa
Confederação que contou, além disso, com
a presença do ministro de Trabalho”.
Para Artur Bueno, “esta foi uma
verdadeira marcha, pois não conseguimos
negociar com a polícia para entrar com os
ônibus até perto da Explanada dos
Ministérios e, então, tivemos que caminhar
desde o estádio Mané Garrincha, uns 5
quilômetros aproximadamente, até a sede dos
Ministérios”.
A participação foi excelente, o fato da
unificação das Centrais sindicais para gerar
mais e melhor emprego, políticas públicas
que atendam as necessidades da classe
trabalhadora, é sumamente positivo.
Outro aspecto a destacar é que o presidente
Lula, na reunião que manteve com os
representantes dos trabalhadores e
trabalhadoras, assinou um documento de
intenção para regulamentar a questão das
demissões injustificadas, que é uma antiga
reivindicação do movimento sindical
brasileiro. Consideramos que deve haver um
marco legal que impeça que as empresas
despeçam trabalhadores sem uma justa causa.
Evidentemente -destacou Artur- haverá
que dar continuidade às nossas
reivindicações, não podemos ficar apenas
nessa Marcha, o trabalho deve ser constante
para que todas as nossas reivindicações
possam ser viabilizadas, pressionando o
governo para que ocorram de fato.
A redução da jornada de trabalho, melhores
condições de trabalho e políticas que
atendam à classe trabalhadora são os três
pontos que contribuirão para a ação
unificada das Centrais.
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