450
cortadores de cana cruzam os braços em
protesto
aos baixos salários e más condições de
trabalho
Trabalhadores rurais empregados no corte da
cana da
Usina Santa Elisa,
de Sertãozinho (região de Ribeirão Preto),
paralisaram as atividades da colheita manual
de cana-de-açúcar como forma de protesto e
para chamar a atenção sobre as péssimas
condições de trabalho e remuneração.
A paralisação envolvendo 450 rurais se
iniciou no dia 6 na
Fazenda Continental,
no município de Colômbia, e deve se ampliar
para outras frentes, caso não haja acordo em
reunião prevista para hoje a tarde entre
membros da comissão de negociação com a
participação dos trabalhadores e
sindicalistas com representantes da empresa.
As principais reivindicações são o
cumprimento da convenção coletiva, o
respeito ao que determina a NR 31, adoção de
piso salarial em R$ 550 (atualmente tem
trabalhadores que não atingem o salário
mínimo), complementação salarial com base na
produção e não no valor da diária, e a
majoração no preço da tonelada de cana para
R$ 0,30 - hoje está entre R$ 0,13 e R$ 0,20.
"Os trabalhadores reclamam, e o sindicato
tem constatado, da falta de fornecimento de
equipamentos de proteção individual - EPI",
disse o presidente do Sindicato dos
Empregados Rurais Assalariados de Bebedouro,
Saulo Gonçalves dos Santos,
destacando que a empresa "tem descumprido
várias cláusulas da convenção coletiva de
trabalho, bem como insiste em divulgar os
preços para a área de colheita somente dias
depois de ser efetuado o corte, quando o
trabalhador deveria saber de imediato quanto
receberá pelo seu trabalho!"
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