Honduras

Grande mobilização em apoio
à luta do STIBYS

Movimentos sociais e organizações sindicais pedem
à SAB-Miller respeito ao convênio coletivo

 

Centenas de ativistas de diferentes movimentos sociais, entre eles o Bloco Popular, e federações sindicais marcharam pelas ruas de San Pedro Sula, no norte de Honduras, para apoiar a luta do Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Bebidas e Similares (STIBYS), que nos últimos dias encabeçou uma greve que ocupou pacificamente diferentes instalações da SAB-Miller, devido às repetidas violações ao Convênio coletivo assinado em janeiro de 2008.

 

A marcha terminou bem em frente das instalações da Cervejaria Hondurenha desta cidade e os manifestantes, entre canções e palavras de ordem, reafirmaram o seu apoio incondicional aos trabalhadores organizados que hoje voltaram ao trabalho, depois de terem chegado a um acordo com a empresa e começado uma negociação, para revisar todas as cláusulas que a SAB-Miller vem constantemente descumprindo ao longo de 2008.

Beltrán Caballero

  

De acordo com Beltrán Caballero, delegado do STIBYS na fábrica de produção da Cervejaria Hondurenha, “Tivemos que voltar à luta porque a SAB-Miller continua descumprindo o convênio coletivo que, com muito esforço, conseguimos assinar no ano passado, na presença também de um representante da UITA que nos apoiou com a sua cobertura jornalística e com a sua solidariedade ao longo dessa luta. Ocupamos as instalações da empresa –continuou Caballero–, conscientes do que estávamos fazendo e de que a união é a melhor forma para reivindicar os nossos direitos. Agora entramos num processo de negociação e é por isso que suspendemos a greve, mas estamos prontos para recomeçar a mobilização se a empresa não demonstrar um interesse verdadeiro por resolver os problemas que ela mesma criou durante esse ano. O STIBYS não está adormecido, está sim é pronto para qualquer ação futura”, garantiu.

 

Caballero recordou também da importância do apoio a nível nacional e internacional por parte do Bloco Popular, da Coordenadoria de Resistência Popular, do magistério, das diferentes centrais sindicais do país e obviamente, da UITA e da 3F.

 

“Esta marcha é um exemplo da solidariedade surgida nessa nova luta. São muitas as organizações que estão em alerta e que esperam para ver o que ocorre nas negociações, e é por isso que não estamos nos sentindo sozinhos. Muito pelo contrário. Temos um amplo apoio popular a nível nacional e internacional”, concluiu.

 

Enquanto os manifestantes abriam suas faixas diante dos portões da Cervejaria Hondurenha e os trabalhadores os saudavam por trás das grades, a comissão negociadora estava levando adiante a difícil missão de chegar a um acordo duradouro, que obrigue a SAB-Miller a respeitar o que assinou e deixar sua atitude visceralmente antissindical e antioperária.

 

A UITA está neste momento em San Pedro Sula para dar cobertura aos acontecimentos destes dias, renovando seu compromisso firme com a luta do STIBYS e divulgando, em nível internacional, esta nova etapa em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

 

Em San Pedro Sula, Giorgio Trucchi

Rel-UITA

18 de fevereiro de 2009

 

 

 

Fotos e vídeo YOUTUBE: Giorgio Trucchi

 

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cobertura jornalística

 

 

 

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