A Federação de Trabalhadores da Indústria da
Alimentação
de São Paulo (FETIASP) está em pleno
processo de negociação coletiva com o Grupo
Arcor na cidade de Campinas. Sirel dialogou com Melquíades de
Araújo, presidente daquela organização, para
conhecer os avanços e os entraves deste
processo, ao mesmo tempo em que analisou a
situação dos trabalhadores da
transnacional na Argentina.
-Em que nível está a
negociação?
-Atualmente
alcançamos 9 por cento de recomposição
salarial, mas queremos avançar ainda mais.
Para isso, teremos uma próxima rodada de
negociações em 8 de outubro. Por outro lado,
a empresa não se apresentou para nenhuma
negociação direta a fim de tratar de outros
pontos do Convênio; continua se negando a
isso.
-Que medidas estão sendo
tomadas diante desta postura da Arcor?
-Estamos esperando, pois a
companhia se comprometeu a marcar uma
reunião para discutir esses pontos
específicos. Se até o próximo dia 8 não se
apresentarem para negociar esses itens, os
trabalhadores agrupados na FETIASP
não assinarão nenhum acordo e começaremos a
tomar medidas de força.
-Com relação à situação dos
trabalhadores da Arcor da Argentina que
continuam com suas reivindicações, que ações
irão tomar como Coordenadora
Latino-Americana?
-Se o conflito dos companheiros argentinos
não for resolvido, vamos coordenar uma
mobilização simultânea nos dois países. Mas
a idéia é esperar até a próxima semana, pois
temos expectativas de que ambas as situações
se solucionarão.
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