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Instalada mesa de negociação coletiva na PROLACSA (Nestlé)

  

No próximo dia 3 de março será instalada a mesa de negociação para renovar o acordo coletivo na fábrica da Nestlé (Companhia Centro-Americana de Produtos Lácteos SA – PROLACSA) de Matagalpa, norte do país. O Sindicato dos Trabalhadores de Produtos Lácteos SA (SINPROLAC), filiado à UITA, definiu com a empresa negociar pela via direta.

 

"Apresentamos a tempo e a hora a nossa Pauta de Reivindicações e o Ministério do Trabalho (MITRAB) convocou as partes para definir a agenda de negociação. No final, concordamos com uma negociação pela via direta e com a manutenção da vigência do convênio já vencido, até que o novo não seja assinado.

 

A reunião foi marcada para 3 de março", disse o secretário-geral do SINPROLAC, Félix Rizo, ao Sirel.

 

 Segundo Rizo, esta negociação tem gerado grande expectativa entre os trabalhadores e trabalhadoras, que esperam poder melhorar a sua situação de trabalho e de salário, bem como garantir a sua estabilidade no emprego.

 

"Entre as principais reivindicações que apresentamos estão a ampliação do Fondo de Préstamo para Vivienda (Fundo de Crédito à Habitação) para os trabalhadores de baixa renda, a criação de uma comissão mista para avaliar possíveis medidas disciplinares e um aumento de 100 por cento na gratificação por tempo de serviço.

 

Além disso, continuou o dirigente do SINPROLAC, pedimos que seja reestruturada a forma de cálculo do incentivo por antiguidade e incorporada, indefinidamente, a concessão mensal de uma caixa de leite em pó de 24 unidades", explicou Rizo.

O SINPROLAC tem a melhor disposição para dialogar e chegar a um acordo o mais rapidamente possível. Esperamos que a Nestlé tenha a mesma disposição.

 

 

No que diz respeito à situação salarial, o SINPROLAC pediu que seja feita uma reorganização dos salários devido às mudanças que ocorreram na empresa durante os últimos anos.

 

"Muitos postos de trabalho foram modificados em decorrência da adoção de novas tecnologias, enquanto que outros foram criados nos últimos anos e não existe um salário específico. É por isso que estamos pedindo a intervenção do MITRAB, para que sejam feitos uma nova avaliação e um realinhamento salarial", afirmou Rizo.

 

Finalmente, o sindicato pediu um aumento geral de 20 por cento dos salários.

 

Para se prepararem adequadamente para a negociação coletiva, os membros da comissão de negociação e os outros filiados ao SINPROLAC participaram de uma oficina de capacitação organizada pela Rel-UITA.

 

"Nós nos reunimos em Matagalpa e ministramos uma Oficina de capacitação sobre as políticas e estratégias empresariais das grandes transnacionais. Explicamos como atuam na Nicarágua e no mundo, e como lidam com as negociações coletivas.

 

Nós também colocamos em foco as políticas da Nestlé, sua estruturação a nível internacional e seus lucros", explicou o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores da Alimentação da Nicarágua (FUTATSCON), Marcial Cabrera.

 

"A Rel-UITA nos forneceu um instrumento muito importante e nos ajudou a abrir os olhos para a próxima negociação.

 

Esperamos poder desenvolver uma negociação coletiva em um ambiente de respeito mútuo, e que não haja maiores obstáculos que nos obriguem a recorrer ao apoio e à denúncia internacional, como já ocorreu no ano passado.

 

O SINPROLAC tem a melhor disposição para dialogar e chegar a um acordo o mais rapidamente possível.

 

Esperamos que a Nestlé tenha a mesma disposição", concluiu Rizo.

 

 

Em Metagalpa, Giorgio Trucchi

Rel-UITA

23 de fevereiro de 2011

 

 

 

 

Foto: Giorgio Trucchi

 

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