Com
Salomón Batres, subdiretor geral
de Trabalho
Confiamos em uma solução
satisfatória para o conflito
A Secretaria do
Trabalho facilita o entendimento entre
o STIBYS e a Cervejaria Hondurenha |
Enquanto continuam as
negociações entre o Sindicato de Trabalhadores da Indústria das Bebidas e
Similares (STIBYS)
e a Cervejaria Hondurenha (SAB-Miller), a Secretaria do Trabalho designou o Dr.
Salomón Batres, subdiretor geral do Trabalho, para participar da mesa de
diálogo, a fim de continuar sua tarefa de facilitação em busca de um
entendimento entre as partes. A sessão da segunda-feira passada, 16 de
fevereiro, ao não ocorrer, acabou atrasando ainda mais o entendimento, que
continua muito lento, devido à atitude reticente da empresa.
Durante a
jornada de 17 de fevereiro, a Comissão Negociadora do STIBYS se reuniu
novamente com a Cervejaria Hondurenha (SAB-Miller), analisando
diferentes temas incluídos na agenda de negociação. Entretanto, os membros do
STIBYS garantem que a empresa continua tentando mudar o que ficou acertado
nas sessões da semana passada, com uma atitude que parece estar mais dirigida a
gastar o tempo previsto para esta primeira fase de “entendimento direto”, do que
em buscar uma saída real para o conflito.
Para saber a
opinião da Secretaria do Trabalho sobre esta situação, o Sirel conversou
com o
Dr. Salomón Batres, em seu segundo dia em San Pedro Sula, como delegado
da ministra do Trabalho, Mayra Mejía, nesta negociação.
-Qual foi, até
o momento, o papel da Secretaria do Trabalho neste conflito?
-Tentamos fazer
o que nos parece ser a nossa tarefa principal, isto é, proporcionar os meios
idôneos em termos de pessoal especializado, fornecidos pela Secretaria, para
buscar uma aproximação entre as partes. Foram mobilizados o vice-ministro do
Trabalho, Roberto Cardona, e o subinspetor geral do Trabalho,
Donaldo Martínez, e agora aqui estou eu para oferecer a colaboração
necessária para que a tranquilidade volte a reinar na empresa.
- Quais são as
suas primeiras impressões sobre o que está acontecendo na mesa de negociação?
-Iniciamos
hoje, às 8.30 da manhã, e as coisas estão um pouco complicadas. Só que na vida
nada é impossível. A disposição e a boa vontade das partes vão ser fundamentais
para que cheguemos a um acordo. Eu lhes disse que estou aqui, disposto a
realizar qualquer esforço e sacrifício, em busca de uma solução pacífica para
este conflito.
-Os
trabalhadores filiados ao STIBYS denunciam que a empresa descumpriu um monte de
cláusulas do Convênio Coletivo assinado em janeiro de 2008. Qual a sua opinião a
este respeito?
-Os inspetores
chegaram à empresa para conferir as denúncias apresentadas pelo Sindicato, mas
não foi possível porque já tinha sido desencadeado o protesto, e o centro de
trabalho ocupado. Só foi possível escutar as declarações de ambas as partes, mas
já havia denúncias anteriores, formuladas junto à Inspeção Geral do Trabalho e,
efetivamente, os inspetores que chegaram à empresa constataram estas violações e
inclusive houve sanções pecuniárias por violações do Contrato de Trabalho.
-Há um
interesse particular por esse caso por parte da Secretaria do Trabalho?
-A Secretaria
do Trabalho é a instituição que traça o rumo da (dirige a/pilar da?)
administração pública do trabalho e tem por obrigação harmonizar as partes em
conflito, isto é, os dois atores da produção: capital e trabalho. Este é o nosso
dever, e aqui estamos tentando buscar a aproximação. A meu ver, este primeiro
passo foi cumprido. É muito complexo, mas as duas partes estão deixando claro
que há vontade em se chegar a um acordo. Sou otimista.