A Direção do Grupo
Doux, há muito tempo, vem emitindo comunicados sobre o aumento contínuo nas suas
vendas, sobre o sucesso de suas exportações, em constante expansão... mas, o que
acontece com seus assalariados?
Christiane Legouesbe, Jean Luc Guillart, Jacqueline Merit e Jean Luc
Assailly |
A realidade é
que os
tempos de pausa não estão
sendo pagos pelas
empresas do Grupo,
e os trabalhadores tiveram
que recorrer aos
tribunais para obter os
seus direitos.
Suas condições de trabalho continuam
sendo igualmente deploráveis.
As suas negociações salariais estão
paralisadas há
três anos!
Nesta manhã houve uma
reunião para
as negociações sobre
os salários para
2011, e
a Direção da Doux não
propôs
nada mais do que 0
(zero) por
cento de aumento geral.
Para a
delegação da
Federação Geral da
Alimentação
(FGA-CFDT)
isto é
inadmissível; só
houve 1,5
por cento
de aumento em
três anos. Resultado: a
planilha de salários da Doux foi superada pelo salário mínimo.
Todos os
assalariados, até os de coeficiente 140, recebem
o salário mínimo
que aumentou 1,6
por cento, enquanto
que a inflação já chegou a 1,8
por cento.
Enquanto os custos fixos não
param de aumentar, os assalariados não conseguem cobrir os seus gastos
básicos. Alguns se veem obrigados a recorrer aos restaurantes públicos gratuitos
para conseguir chegar ao final do mês.
Em face desta situação insustentável,
o conjunto de organizadores sindicais
convoca paralisações
em todas as fábricas do
Grupo Doux a
partir de hoje
mesmo.
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