Durante audiência com o presidente da
Assembleia Legislativa, deputado Ivar Pavan
(PT), a Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação
manifestou,
nesta quinta-feira (26), preocupação com o
futuro de 1.200 trabalhadores do frigorífico
Nicolini, em Nova Araçá, região Nordeste do
estado.
O frigorífico, que produz para a empresa
Sadia, demitiu 600 funcionários no mês
de dezembro e outros 600 entraram em férias
coletivas na última sexta-feira (20). “A
produção parou e não há garantias de retorno
dos funcionários que estão em férias
coletivas”, alertou o presidente da
Confederação, Siderlei Silva de Oliveira.
Caso se confirme o fechamento da empresa, o
impacto para o município de 3.500 habitantes
será enorme. “Proporcionalmente, teríamos um
número de desempregados maior do que os
registrados na área dos metalúrgicos, no ABC
Paulista”, afirma o dirigente sindical.
Segundo Oliveira, a empresa Nicolini
vem negando a existência do problema porque
busca parceiros para viabilizar empréstimo
junto ao BNDES, que dê alguma possibilidade
de retomar a produção. “A postura da empresa
inviabiliza a busca pelo seguro-desemprego
especial aos trabalhadores demitidos”,
explica. O dirigente entende que deve haver
contrapartida social no caso de haver
injeção de recursos públicos na empresa.
"O quadro é muito difícil, entendemos que o
problema envolve os sindicatos, os governos
e a Assembleia Legislativa, de quem
esperamos apoio em nossa luta", sintetizou
Oliveira. A intenção é tentar
colaborar para que os empregos sejam
mantidos.
O frigorífico Nicolini processa carne
de frango e de suínos exclusivamente para a
Sadia em unidades de Nova Araçá e
Garibaldi. As férias coletivas teriam sido
recomendadas pela Sadia, que
rescindiu o contrato com o Nicolini.
O frigorífico abate 400 mil frangos e 600
suínos por dia nas duas unidades.
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