Ontem, terça-feira 19, uma delegação de representantes sindicais se reuniu com o subsecretário de Trabalho, solicitando que a secretaria de Estado entre em contato com a Nestlé e assim se comece a dialogar sobre as onze demissões recentemente efetuadas pela empresa na fábrica de sorvetes de Santo Domingo.

Devido ao Ministro do Trabalho, José Ramón Fadul, não se encontrar na capital dominicana, a delegação integrada por Francis Tadera, secretário geral do Sindicato de Trabalhadores da CODAL (SITRACODAL-Nestlé), localizada em San Francisco de Macorís, Sergido Castillo, presidente da Federação Nacional de Trabalhadores da Indústria da Alimentação, Hotéis, Bebidas e Tabaco (FENTIAHBETA), Flaudio Tapia, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores de Sorvetes Nestlé (SINTRANESTLED), Ramón Durán, secretário de Reivindicações e Conflitos de SITRACODAL, se reuniu com o subsecretário do Trabalho, a quem solicitou que essa Secretaria enviasse uma nota à Nestlé comunicando-lhe as irregularidades cometidas com as recentes demissões. Hoje, quarta-feira 20, a petição sindical seria avaliada pelo ministro Fadul.

Por outro lado, ontem os representantes sindicais também realizaram uma reunião interna de avaliação e adoção de um Plano de Ação que já começou a ser implementado com uma conferência de imprensa ocorrida esta manhã com numerosos meios de comunicação. Na conferência, realizada junto à central do Conselho Nacional da Unidade Sindical (CNUS), foi difundida a posição do movimento sindical rejeitando as demissões injustificadas de onze trabalhadores prejudicados pela tormenta tropical Noel.

O Plano de Ação prevê que amanhã, quarta-feira 21, serão colocados cartazes e faixas de crepe preto nos muros das três fábricas da Nestlé na República Dominicana, reivindicando a reintegração dos despedidos e em sinal de luto pela atitude insensível e sem fundamento da empresa.

Finalmente, na quinta-feira 22, ocorrerá uma mobilização de grandes proporções frente aos escritórios da Nestlé em Santo Domingo, apoiando as mencionadas reivindicações. No final dessa jornada, as organizações sindicais realizarão uma reunião de avaliação para decidir os passos seguintes a serem dados visando resolver esse conflito.