011 | 6 de novembro | 2009  

América Central 

Mais hotéis 

 

Nesses últimos tempos houve um aumento de rotas aéreas para a América Central provocando um incremento no fluxo de turistas o que, por sua vez, aumentou o interesse das grandes cadeias hoteleiras pela região, na qual, como veremos, destaca-se o Panamá. 

 

A rede espanhola Riu, que acaba de abrir seu primeiro hotel na Costa Rica, - o Riu Guanacaste- tem outro hotel projetado no Panamá, o Riu Panamá Plaza, que será inaugurado em 2010. Por outro lado, a SuperClubs acaba de abrir o complexo Breezes Resort & Spa Panama, em Santa Clara. Por sua vez, a Starwood inaugurou o Le Meridien Panamá, o terceiro da rede no país. Finalmente, para o próximo ano, o multimilionário Donald Trump está planejando a abertura do Trump Ocean Club International Hotel & Tower, na Cidade do Panamá. 

 

 

Bolívia 

Construirão dois hotéis no marco da ALBA

 

Em 2010, começarão a ser construídos na Bolívia os dois primeiros hotéis estatais, que farão parte de uma cadeia de hotéis promovida pela Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA). Dessa forma, começa o projeto definido na VII Cúpula do organismo, que pretende criar hotéis estatais de cinco estrelas em nove países que compõem o grupo. Em uma primeira etapa, os hotéis serão construídos em La Paz e Cochabamba, além dos que serão construídos na Venezuela, Cuba e Nicarágua

 

A ALBA é integrada por nove nações da América Latina e do Caribe: Antigua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Honduras, Nicarágua, San Vicente e Granadinas, e a Venezuela. 

 

 

Venezuela 

Expropriação do Margarita Hilton

 

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acaba de decretar a aquisição forçada dos ativos, bens móveis e imóveis e as benfeitorias do Complexo Hoteleiro Margarita Hilton & Suites e a Marina, de propriedade das empresas Inversiones Pueblamar e Desarrollos MBK. A expropriação abrange mais de 89.000 metros quadrados do hotel Hilton Margarita, que inclui 280 quartos e 210 suítes, um cassino, lojas, restaurantes, escritórios e salas de reunião, bem como o cais adjacente, que abrange uma superfície de mais de 26.000 metros quadrados, para a atracação de embarcações. No Hilton Margarita trabalham cerca de 350 pessoas, reunidas em três sindicatos. 

 

O hotel sediou a II Cúpula América do Sul-África no final de setembro, que reuniu chefes de Estado e representantes de mais de 60 países. Nessa ocasião, o mandatário venezuelano anunciou seu desejo de incorporar as instalações do complexo hoteleiro às propriedades do estado. "Vamos em breve instalar, aqui em Margarita, a secretaria permanente" da Cúpula, Chávez disse. "O hotel dispõe de muito espaço, você pode se imaginar trabalhando aqui?", comentou. 

 

O governo venezuelano promove o chamado “turismo popular”, tanto nacional como internacional, com vôos a "preços solidários" para diferentes países caribenhos. Chávez criticou recentemente o que ele qualificou como "turismo de perfil imperialista, o turismo dos ricos" e dirigiu seus questionamentos para os cruzeiros que pretendem atracar na ilha Margarita. Segundo ele, estas embarcações "nem mesmo investem no país, e seus passageiros descem por um dia ou dois apenas, deixando aqui o lixo deles." 

 

Em setembro de 2007, o governo assumiu o controle das instalações do Centro Simón Bolívar, de Caracas, onde se encontra o Hotel Caracas Hilton, que foi administrado pela rede internacional Hilton por 38 anos. O estado anulou a concessão e passou a administrar o hotel, agora denominado Hotel ALBA. Como um exemplo do socialismo de novo cunho que impulsiona o presidente Chávez, é importante notar que desde a sua nacionalização, os 250 trabalhadores do agora Hotel Alba, carecem de convênio coletivo de trabalho. 

 

 

América Central 

O golpe em Honduras afeta o turismo

 

O comércio centro-americano, parte do qual passa por Puerto Cortés, Honduras, tem sido afetado pela crise política desse país. Além disso, se constata uma redução no número de investimentos estrangeiros e a queda do turismo em toda a América Central, como consequência da crise política que abala o país. 

 

A Secretaria de Integração Turística da América Central também prevê uma quantidade “menor" de turistas e divisas este ano. Embora não haja ainda nenhuma avaliação oficial das perdas, os setores privados da América Central estimam que, considerando apenas o fechamento das fronteiras hondurenhas após o golpe de Estado de 28 de junho, isso já causou perdas diárias de mais de cinco milhões de dólares, além dos prejuízos sofridos por Honduras devido à paralisação do seu sistema produtivo. 

 

 

Argentina 

Lança plano de "turismo médico" 

 

O governo argentino lançou um plano para promover o "turismo médico" no mundo, a fim de atrair visitantes que dividam a sua estada entre os tratamentos ou intervenções e passeios pelos principais pontos atrativos do país. Para lançar a iniciativa, o Instituto Nacional de Promoção Turística da Argentina (INPROTUR) estabeleceu acordos com quase duas dezenas de clínicas e centros de saúde, que oferecerão alojamento e passeios turísticos aos pacientes que chegarem ao país para se submeter a uma operação ou tratamento. 

 

O governo Cristina Fernández lançou o programa depois de que, nos últimos anos, algumas clínicas começaram a oferecer planos que combinam tratamentos com passeios pelos principais pontos turísticos do país, como as Cataratas do Iguaçu ou o gigantesco Glaciar Perito Moreno. Estes programas trouxeram nos últimos anos muitos clientes, atraídos pelos preços sedutores do país sul-americano em comparação aos custos europeus ou norte-americanos, após a desvalorização do peso em 2002. 

 

Com esta iniciativa, pretende-se também reverter o declínio de turistas no país, devido à crise global e à pandemia de gripe A. Em agosto passado, o número de visitantes estrangeiros registrou uma queda anual de 31,8 por cento, de acordo com o relatório do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC). Em 2008, a chegada de turistas estrangeiros à Argentina cresceu apenas 1,3 por cento, até os 2.327.194 visitantes, de acordo com estatísticas oficiais. Com entradas de 3.364,6 milhões de dólares em 2008, o turismo continua a ser a terceira maior fonte de divisas.

  

Em Montevidéu, Enildo Iglesias

Rel-UITA

6 de novembro de 2009

Enildo Iglesias

 

 

 

 

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